“A Paraíba realizou o primeiro grande ato de massa contra a reforma da Previdência”, avaliou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), Aristides Santos, que esteve presente na Audiência Pública na Assembleia Legislativa da Paraíba e no ato realizado na manhã desta sexta-feira (15), com mais de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais vindos da grande maioria dos municípios da Paraíba. Várias lideranças sindicais e de base e os deputados federais Gervásio Maia e Frei Anastácio também marcaram presença, além dos deputados estaduais, vereadores da capital e de vários municípios e de representação do governo do estado. Luiz Couto representou o governador João Azevedo.
Logo cedo, as delegações se concentraram na sede da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado da Paraíba (Fetag-PB) e saíram em caminhada até a Assembleia Legislativa. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam as principais ruas do centro de João Pessoa e participaram de uma Audiência Pública em frente à ALPB, requerida pela deputada estadual Cida Ramos (PSB-PB), para denunciar a Medida Provisória (MP) 871 e a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 06/2019 – a reforma da Previdência – e os seus possíveis impactos para os trabalhadores e trabalhadoras rurais.
O dia também foi de “Luta para as Mulheres do Campo”, no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. “Esse foi o dia da classe trabalhadora rural e agricultora familiar mostrar à classe política do estado o quanto está sendo prejudicada com essa MP, que já está valendo. E o tanto que será prejudicada se aprovada a reforma da Previdência, apresentada pelo Governo Federal, que impõe mais cinco anos para as mulheres trabalhadoras rurais se aposentarem. Querem que elas morram antes que isso aconteça, pois têm jornada permanente de trabalho em situações extremamente precárias. Elas, assim com os homens do campo, começam a trabalhar desde muito cedo, a maioria ainda criança, já ajudando seus pais na lida com a terra”, explicou o presidente da FETAG-PB, Liberalino Lucena.
O presidente da CONTAG elogiou a ação realizada na capital paraibana e convocou os demais estados a intensificarem a mobilização para barrar a votação da reforma da Previdência. “Esse ato precisa ser destacado. Esperamos que os demais estados sigam o exemplo da Paraíba e coloquem os trabalhadores e trabalhadoras na rua. Nós temos que ir de casa em casa conversar com os(as) trabalhadores(as), ir até as associações, nas cooperativas, nas igrejas, nas Câmaras de Vereadores, conversar com os prefeitos e governadores, mas, precisamos mobilizar, pressionar e dar dimensão aos nossos atos de forma organizada para mostrar à sociedade o mal que querem fazer com os mais pobres desse País, considerando os trabalhadores e trabalhadoras que são beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) – também conhecido como assistência social, os assalariados e assalariadas rurais, os pescadores artesanais e os agricultores e agricultoras familiares, enquadrados como segurados especiais do Regime Geral de Previdência Social”, destacou Aristides Santos.
Saiba AQUI os principais IMPACTOS DA MP 871/2019 E DA PEC 06/2019 NA VIDA DOS POVOS DO CAMPO, DA FLORESTA E DAS ÁGUAS. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi, com informações da Assessoria de Comunicação da FETAG-PB.