A CUT e a CTB aceitaram o convite da CONTAG para uma reunião para tratar de uma possível reforma na Previdência Social. O encontro aconteceu na manhã de ontem (04), na sede da CONTAG, onde o presidente da entidade, Alberto Broch, ao abrir a reunião, fez um histórico de todo o processo que está sendo debatido no Congresso Nacional, o que tem saído de informações na mídia e a repercussão na sociedade e nos próprios setores do governo sobre possíveis reformas na Previdência Social e nos direitos trabalhistas e sociais. Participaram da agenda o presidente da CTB, Adilson Araújo, o secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas, Pascoal Carneiro, a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro, a Diretoria e assessoria jurídica da CONTAG. Portanto, o objetivo dessa reunião foi debater esse tema e definir uma estratégia comum para enfrentar esse grande desafio que pode vir com muita força no País.
Segundo Broch, um dos encaminhamentos desta reunião foi a produção de uma nota conjunta assinada pela CONTAG e pelas duas centrais sindicais com uma posição muito firme contra qualquer perda de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros(as). Também decidiram criar um Grupo de Trabalho coordenado pelo Dieese para subsidiar as posições da CONTAG e das centrais sindicais sobre o tema e a realização de um seminário, no Cesir, ainda este ano, sobre os desafios enfrentados pela Seguridade Social. Este encontro da manhã serviu, ainda, para acertar os procedimentos para a audiência que ocorreu na tarde de ontem (03), com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o secretário especial da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, o secretário especial do Trabalho, José Lopez Feijóo, representantes de todas as centrais sindicais, do presidente da CONTAG, Alberto Broch, do secretário de Políticas Sociais, José Wilson Gonçalves, e da assessoria jurídica da Confederação.
Nesta audiência, foi unânime a posição da CONTAG e de todas as centrais de que não aceitarão qualquer tipo de retrocesso nos direitos previdenciários. “Estamos dispostos a dialogar, seja no Fórum do Trabalho ou em qualquer outro espaço, para discutir a Seguridade Social, o fortalecimento da Previdência Social, o sistema e a arrecadação. Mas, em nenhuma hipótese, discutiremos e negociaremos sobre qualquer reforma que tire direitos da classe trabalhadora. Essa foi a posição que deixamos para o governo”, declarou o presidente da CONTAG.
O dirigente destacou também uma das estratégias da CONTAG para esse momento: “internamente, deveremos continuar com o debate junto às Federações, aos Sindicatos e aos trabalhadores e trabalhadoras rurais, mobilizando toda a nossa categoria de acordo com os calendários que deveremos aprovar daqui para frente.” FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi