A Contag não esteve na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), realizada de 18 a 29 de outubro em Nagoya/ Japão, mas participou das reuniões preparatórias no Brasil. Uma das novidades desse encontro foi a definição das bases de um tratado que vai estabelecer regras e procedimentos internacionais de responsabilidade e compensação dos danos causados à diversidade biológica e às comunidades locais pelos transgênicos. O documento aprovado na COP-10 é resultado de seis anos de intensas negociações. A secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosy dos Santos, considerou que esse foi um dos avanços da conferência. “Com certeza é um avanço porque já há bastante tempo a gente vem colocando esse perigo que é a coisa ficar tão aberta e o tratado vem fortalecer as exigências que têm que acontecer.” Outro avanço apontado pela Contag foi a criação de um seguro para cobrir eventuais danos ambientais causados por países exportadores de produtos geneticamente modificados, como é o caso do Brasil. Essa medida pode elevar custos do comércio e transporte internacionais dos transgênicos. Mas, mesmo assim, a dirigente apoiou a decisão. “Uma das vantagens do seguro é que cada país terá sua parcela de responsabilidade e, quem é mais beneficiado, terá uma parcela maior.” Isolamento – A secretária informou também que as empresas e produtores rurais brasileiros ainda temem o uso do seguro como uma barreira não-tarifária no comércio internacional de grãos, mas tiveram que aceitar os termos do protocolo complementar para evitar um “isolamento internacional” do País em um dos principais fóruns ambientais do planeta. FONTE: Verônica Tozzi, Agência Contag de Notícias