Passeata, seguida de ato público, reuniu mais de 6 mil trabalhadores(as) rurais Em ato público e político realizado na tarde desta quarta-feira (7), em frente ao prédio da Sudene, em Recife, a Contag cobrou da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) medidas emergenciais para as famílias atingidas por seca, estiagem e enchentes na região. A manifestação foi o auge do II Grito da Terra Nordeste (GTNE) e reuniu mais de 6 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais da região, assim como dirigentes de sindicatos e das Federações Estaduais de Trabalhadores na Agricultura (Fetags) dos nove estados nordestinos. Além dos integrantes da coordenação regional da entidade na região, a Contag foi representada no evento pela vice-presidente e secretária de Relações Internacionais, Alessandra Lunas, e pelos secretários José Wilson Gonçalves, (Políticas Sociais), Aristides Veras do Santos (Finanças e Administração), Elenice Anastácio (Juventude Rural) e Willian Clementino (Política Agrária). Semiárido – “O Grito da Terra Nordeste, que está focado na criação de um Plano de Convivência com o Semiárido, é uma demonstração da capacidade, da resistência e da mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais nordestinos(as), liderados(as) por seus sindicatos, as federações e a Contag”, afirmou José Wilson. O secretário ressaltou que a pauta do GTNE foi baseada em um ano atípico para a região: “ao mesmo tempo que nossa pauta reivindica ações para socorrer as famílias atingidas pela seca e estiagem, e não tiveram produção e estão passando momentos difíceis, nós também reivindicamos medidas emergenciais para as famílias que estão sofrendo com as enchentes, em Alagoas e Pernambuco”. Reforma Agrária – Dois dos eixos estratégicos do Grito da Terra Nordeste são reforma agrária e meio ambiente. Entre as reclamações dos trabalhadores rurais nessa área, segundo o secretário de Política Agrária da Contag, Willian Clementino, está a lentidão do Incra nas ações de desapropriação de terras. Outra questão é o licenciamento ambiental dos projetos de assentamento. “Isso tem sido um problema muito sério na efetivação da infraestrutura básica do projeto inicial dos assentamentos”. Willian também cita a Norma de Execução (NE) 70, que trata da notificação de trabalhadores(as) não clientes de reforma agrária. “Na constituição da NE 70 não convidaram o movimento sindical para a gente poder colocar algumas cláusulas pertinentes às questões que nós conhecemos e temos governança, mas agora estamos vivendo as consequências dela. Nós precisamos ajustar no processo de negociação no caso dos verdadeiros trabalhadores e defensores da terra, que são assentados e estão notificados”. FONTE: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias