Neste Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, 28 de janeiro, a CONTAG apoia o manifesto online Trabalho Escravo Nunca Mais".
De iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Universidade de Campinas (Unicamp), a iniciativa "Trabalho Escravo Nunca Mais" visa promover o trabalho decente e a inclusão de grupos vulneráveis na indústria da moda nacional. Além da mobilização online, o projeto inclui a formação profissional em design de moda de pessoas que estavam em situação de trabalho escravo. Também conta com a participação de renomados profissionais do mundo da moda, como os estilistas Reinaldo Lourenço e Yan Acioli, e ações com empresas da área para promover a inclusão de grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Ideia é levar conhecimento sobre o tema para o público geral e também para empresas de todos os portes
Durante todo este Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, personalidades como Wagner Moura, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Dira Paes e Paola Carosella, estão publicando mensagens de apoio ao manifesto digital, divulgando a hashtag #somoslivres e orientando sobre os canais de denúncias: o site do MPT; o App MPT Pardal; o Disque 100 ou 180; e Sistema Ipê.
Escravidão contemporânea
O trabalho escravo é um crime e uma grave violação dos direitos humanos. Milhares de pessoas, nas zonas rurais e urbanas, ainda são exploradas, por meio do trabalho forçado, da servidão por dívida, da submissão a condições degradantes de trabalho e de jornadas exaustivas.
No Brasil, entre 1995 e 2020, mais de 55 mil pessoas foram resgatadas de condições de trabalho análogas ao escravo, por meio de operações de fiscalização. Uma das formas de trabalho escravo é o tráfico de pessoas, dentro do país ou envolvendo outros países.
Em todo o mundo, mais de 25 milhões de pessoas, incluindo mulheres e crianças, são vítimas do trabalho análogo à escravidão. Dados globais da OIT mostram que essa prática gera U$ 150,2 bilhões anuais em lucros ilegais. A pandemia da COVID-19 só tende a agravar esse cenário, com o aumento do desemprego, da desigualdade e da pobreza.
Sobre a data
O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi criado em 2009, em homenagem aos auditores fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados em 28 de janeiro de 2004, durante uma inspeção em fazendas em Unaí, Minas Gerais. FONTE: Ministério Público do Trabalho (MPT) - edição Comunicação CONTAG