A direção da Contag participou, nesta segunda-feira, da abertura do Acampamento Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra no Estádio Mane Garrincha, em Brasília. A manifestação foi organizada pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo e reúne cerca de três mil assentados, trabalhadores sem-terra, agricultores familiares e agentes de pastorais sociais de 10 estados do País.
O movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR) mobilizou cerca de novecentas lideranças sindicais de diversas regiões para participar do Acampamento Nacional. "A Contag está jogando peso nesta mobilização porque consideremos que a reforma agrária e a campanha pelo limite da propriedade da terra têm de ser colocadas no centro da agenda política do País", afirmou Paulo Caralo, secretário de Política Agrária e Meio Ambiente da Contag.
A programação do Acampamento Nacional prevê atos públicos em defesa da reforma agrária, da justiça no campo e da soberania alimentar e territorial. Além das manifestações, as lideranças sindicais e populares vão relançar a campanha pelo limite da propriedade rural no Brasil. Os manifestantes vão permanecer na capital federal até a próxima quinta-feira (17).
Além da Contag, a Coordenação do Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo reúne outras organizações sociais como a Cáritas do Brasil, a Comissão Pastoral da Terra, Fetraf Brasil e Via Campesina. O presidente da Contag, Manoel dos Santos, destacou a importância da luta conjunta pela reforma agrária: "Esse acampamento é de grande importância na história dos movimentos sociais. Se não levarmos dessa forma, perderemos força na luta em favor da reforma agrária. Hoje somos uma só bandeira".
O Acampamento Nacional prossegue nesta terça-feira com painéis temáticos sobre a atualidade da reforma agrária, políticas públicas e direitos sociais, soberania territorial e alimentar. O relatório Conflitos no Campo Brasil - 2007, elaborado pela CPT também será lançado amanhã.
Ivana Sant?AnnaAssessoria de Comunicação da Contag