O presidente da Contag, Alberto Broch, recebeu nesta terça-feira (22/2) os jornalistas Chico Santa’Anna e Carlos Alberto Almeida para discutir a proposta de flexibilização do horário de veiculação do programa a Voz do Brasil. Atuantes no jornalismo sindical, eles apresentaram um histórico da discussão no Congresso Nacional, onde há uma proposta que prevê a veiculação do programa entre 19 e 23 horas o que, na visão deles, pode impactar seriamente a prestação de serviços para os ouvintes do interior do país, especialmente, para os trabalhadores e trabalhadoras rurais. Outra preocupação dos jornalistas se dá sobre a possível falta fiscalização ao cumprimento dos horários regulamentados. “Há também a questão do interesse comercial em cima dessa modificação, o que impede que a Voz do Brasil exerça seu caráter de veículo de integração rnacional, disse Chico Santa’Anna. Diante da situação, os jornalistas estão buscando apoio junto aos movimentos sociais, de modo a sensibilizar parlamentares e orientar a população acerca da importância desse veículo de comunicação como serviço de utilidade pública. “A Contag apóia esse movimento e vai levar o tema para discussão com a diretoria e as federações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais vinculados à entidade”, defendeu Alberto Broch. Histórico - Produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e pelas rádios Câmara, Senado e Justiça, a Voz do Brasil divulga as ações dos três poderes e faz uma síntese dos discursos parlamentares. O programa surgiu em 1935, durante o governo de Getúlio Vargas, com o nome de Programa Nacional e divulgava apenas os atos do Poder Executivo. Em 1938, passou a se chamar Hora do Brasil e sua veiculação tornou-se obrigatória. Em 1962, a partir da entrada em vigor do Código Brasileiro de Telecomunicações, mudou para Voz do Brasil, passando a divulgar também os debates do Congresso Nacional. Hoje, o programa é transmitido por mais de cinco mil rádios em todo o País. FONTE: Agência Contag de Notícias - Danielle Santos