Cercado de dezenas de lideranças sindicais da diretoria executiva, o presidente da Contag, Alberto Broch, deu início, na manhã desta segunda-feira (9/5), às negociações da pauta da 17ª edição do Grito da Terra Brasil. Diante de um auditório lotado, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, o sindicalista disse que, na oportunidade, trazia o sentimento dos homens e mulheres do campo em relação aos avanços nas políticas públicas. Segundo Broch, a proposta é estruturante e vai além das negociações desta edição do Grito. “São programas que lidam com combate à pobreza, com a infraestrutura no campo brasileiro, de sustentabilidade econômica e ambiental e de controle social”, disse. Ele completou informando o número de propostas elencadas na pauta de reivindicações que tratam, entre outros temas, de políticas de reforma agrária, de fortalecimento da agricultura familiar, de garantia de diretos aos assalariados (as) rurais, de saúde, educação, atenção à terceira idade, além de capacitação. “Precisamos capacitar para manter esses milhares de trabalhadores (as) na terra, a partir da universalização da assistência técnica. Sem contar com a extensão rural para os assentamentos da reforma agrária e para a agricultura familiar”, enfatizou. A secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro, foi além e disse que espera que o processo de avanço nas políticas do campo siga o exemplo das gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para isso, ela alertou para a definição de uma rodada de agendas com os ministérios o Planejamento e da Fazenda, a fim de discutir o contingenciamento de recursos no governo. A dirigente mencionou ainda a intenção de apresentar uma pauta exclusiva da pasta na secretaria de Política para as Mulheres. Comprometimento – O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, elogiou a maturidade dos membros da Contag na condução das reivindicações da categoria e lembrou que presidente da República, Dilma Rousseff, ordenou a ele e ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, um processo de transparência e clareza durante esta edição do GTB. Ele relembrou que o ano será difícil por conta do corte de gastos, mas que pode-se avançar em vários quesitos que vão ao encontro da política de governo. “ Um dos casos é o Plano de Combate à Miséria, em que decidimos não lançar sem a consulta aos movimentos sociais. E vocês serão os primeiros a serem ouvidos. A economia solidária é outro item da pauta da Contag que nos interessa muito porque também dialoga com as nossas intenções”, disse. Sobre o orçamento para este ano, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República disse que vai tentar agendar as reuniões para que a Contag mostre sua preocupação aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento). O ministro do MDA, Afonso Florence, também mencionou a realidade macroeconômica brasileira para endossar a falta de recursos, mas disse que ainda dá para avançar em diversas áreas: “A reforma agrária para a agricultura familiar é importante e pretendemos encaminhar um novo modelo de desenvolvimento com inclusão produtiva, como cooperativismo, comercialização, entre outros”. Presença - Também estiveram presentes o presidente do INCRA, Celso Lacerda, a secretária nacional de juventude, Severine Macedo e membros dos ministérios do Trabalho, de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Cultura e de Minas e Energia. FONTE: Agência Contag de Notícias - Danielle Santos