A homenagem à Marcha das Margaridas realizada no Congresso Nacional hoje (16) levou 15 mulheres de cada federação estadual do País à Câmara dos Deputados. A mesa, presidida pelo deputado Eduardo Gomes, teve as presenças de Alberto Broch, presidente da Contag, e Carmen Foro, secretária nacional de Mulheres da Contag. A sessão foi proposta pela deputada catarinense Luci Knack, que foi trabalhadora rural, e sucedeu Gomes na presidência na continuidade da sessão. A Fetag-RS esteve presente com a coordenadora Inque Schneider e representantes das regionais sindicais da Federação. No plenário e nas galerias, os tons lilases, roxos e chapéus de palha enfeitados davam conta de que a sessão era especial. Mais de uma vez, ouviu-se o canto “estão chegando as decididas”. Carmen Foro, no plenário da Câmara, destacou a importância daqueles assentos, e lamentou que normalmente estes são ocupados por 90% de homens. Ela disse que não há desenvolvimento sustentável sem autonomia plena para as mulheres, nem Justiça. Numa fala emocionada, Carmen garantiu que “enquanto houver uma mulher violentada, marcharemos; enquanto houver uma mulher na pobreza, marcharemos; uma mulher que não tenha documentos nem acesso à terra, marcharemos”. A dirigente defende um estado que propicie condições de absoluta igualdade para todas as mulheres no acesso aos seus direitos. Para a coordenadora de mulheres da Fetag-RS, Inque Schneider, o momento é histórico para as mulheres brasileiras que, unidas, lutam por desenvolvimento sustentável, Justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Inque diz que “é emocionante ver tantas mulheres batalhando pelos mesmos objetivos”. Ela acredita que 18 de agosto, o dia seguinte da Marcha, será um dia melhor, devido aos resultados da mobilização das Margaridas. Após a sessão na Câmara, haverá inauguração de mostra fotográfica sobre a trajetória de luta feminina. No mesmo espaço, acontece uma encenação para homenagear as mulheres assassinadas, como Margarida Alves, representadas por cruzes brancas, além de um alerta sobre as que ainda correm risco de morte, por sua luta, e que serão interpretadas por mulheres, do plenário das Margaridas, com vestimentas pretas. FONTE: Comunicação da Fetag-RS