Na tarde do primeiro dia da 2ª Plenária Nacional da Juventude Rural aconteceu a Conferência “Juventude do Campo e Democracia: componentes para a construção do Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário”. Os expositores foram o professor Nilson Weisheimer, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, e a vice-presidente e secretária de Relações Internacionais, Alessandra Lunas.
Segundo o professor, o capitalismo está ficando cada vez mais poderoso com a concentração de produção e mercado. “Temos que afirmar a via de desenvolvimento pela agricultura familiar. Inclusive, a juventude tem um papel fundamental e dinâmico nesse processo”. Nilson afirmou ainda que é preciso garantir o direito a ser jovem no campo. “Também é preciso desfazer o mito de que os jovens estão saindo do campo. Muitos deles querem suceder os pais. Essa informação nos leva a refletir que é a agricultura que está abandonando os jovens, e não o inverso”.
Já Alessandra Lunas apresentou alguns questionamentos à juventude rural, como a soberania dos povos, a concentração de produção e mercado, aumento do preço da terra e da violência no campo, bem como o assalariamento rural. “Temos que ficar atentos a alguns sinais de advertência, como a disputa por terra e água, mudança climática progressiva, dentre outros. Também precisamos pensar em mudanças necessárias, como mecanismos de governança e novo futuro agrícola e novas estratégias sobre o papel da reforma agrária. Portanto, o desafio é mundial e não local”.
Os debates sobre o painel e o documento base do 11º Congresso Nacional da CONTAG ficaram para o trabalho em grupo, realizado no final dessa tarde. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi