A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) pretende concluir até a próxima quarta-feira (dia 30) o levantamento de custos de produção dos últimos três produtos da lista de 24 itens que será enviada em maio ao Comitê Gestor da PGPAF (Política de Garantia de Preços da Agricultura Familiar), composto por representantes dos ministérios da Agricultura, Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Agrário e da Secretaria do Tesouro Nacional.
Técnicos da estatal estão no Tocantins para avaliar os custos do cultivo de abacaxi, e no Pará, de açaí e pimenta-do-reino. O levantamento é utilizado para definir se o agricultor familiar terá bônus no momento em que for pagar o financiamento de custeio de sua lavoura. Além dos onze produtos que já integram a PGPAF, o comitê gestor vai receber da Companhia uma relação com o custo de produção de outras treze mercadorias.
A nova lista terá itens como laranja, tomate, cebola, maracujá, trigo e cana-de- açúcar. "No primeiro ano do programa eram apenas cinco produtos. A lista para 2009 é a maior que já elaboramos", explica o gerente de Custos de Produção da Companhia, Asdrúbal Jacobina.
Criado em 2006, a PGPAF é um instrumento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que apóia famílias que fazem financiamentos para custear a lavoura. No momento em que vai pagar seu empréstimo, se o preço de mercado do alimento que ele planta estiver abaixo dos custos de produção estimados pela Conab, o agricultor recebe um bônus. O valor do desconto equivale à diferença entre o preço de mercado e o preço de garantia.
Neste mês de abril, por exemplo, o preço de mercado da castanha de caju no Piauí está estimado em R$ 0,82 o quilo, com um preço de garantia R$ 1,20. Uma família piauiense que vá ao banco quitar seu custeio do Pronaf de R$ 1 mil, irá receber um bônus de R$ 316,70. FONTE: Midiamax