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Palestras, seminários, debates, caminhadas e muita animação marcaram as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher em Federações e STTRs de Norte a Sul do País. A pauta da Marcha das Margaridas e as discussões sobre a importância da participação das mulheres do campo nas eleições municipais deste ano foram os temas que marcaram os festejos.

Em todo o Brasil, as trabalhadoras rurais atenderam à orientação da Comissão Nacional de Mulheres da Contag de levar os debates feitos em âmbito nacional para estados e municípios. As reivindicações por políticas públicas para o campo, o combate à violência sexista e maior participação feminina nos espaços de poder foram os temas que centralizaram os debates nas Federações e sindicatos.

Um dos estados que promoveram intensa mobilização foi o Ceará. Além das atividades promovidas pela Fetraece, vários STTRs organizaram palestras, caminhadas, encontros municipais e debates com o Poder Público.

De acordo com a coordenadora do Coletivo de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Fetraece, Graça Duarte, as atividades envolveram cerca de 10 mil mulheres em todo Estado. Ela explica que após as discussões sobre maior participação feminina no processo eleitoral, várias mulheres ligadas ao movimento sindical já se mostraram dispostas a concorrer nas eleições municipais deste ano.

"Sempre falamos sobre participação das mulheres no processo eleitoral 2008 com esse objetivo delas se inserirem no processo não apenas como eleitoras, para votar, mas como candidatas, fazendo a campanha, trabalhando os apoios, com um compromisso político com o nosso projeto alternativo de desenvolvimento rural, sustentável e solidário", disse ela.

Balanço Positivo - Para a coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e vice-presidente da CUT, Carmen Foro, o Dia Internacional das Mulheres foi o momento de consolidação da estratégia de articulação entre as trabalhadoras rurais. Ela afirma que os debates ocorreram em sintonia com os objetivos do movimento sindical

"Foi um momento muito rico, em que se consolida cada vez mais a nossa estratégia de falarmos a mesma linguagem de ponta a ponta do Brasil, trazendo as especificidades regionais e, às vezes, até estaduais, levando em conta o universo de país continental que nós temos e as estratégias das trabalhadoras rurais em querer um Brasil com igualdade para homens e para as mulheres", comenta.

Após o desdobramento da Marcha das Margaridas em estados e municípios na semana em comemoração ao 8 e março, Carmen Foro informa que as discussões da pauta com o governo federal serão retomadas.

"Estamos articulando com a Secretaria Geral da Presidência da República e queremos construir com os ministérios uma agenda mais coesa, para dar continuidade a nossa agenda política", afirma.

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