Em nome do ministro da Saúde Arthur Chioro, representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa e da Funasa receberam, no final da tarde de hoje (15), dirigentes e assessoria da CONTAG e representantes das FETAGs. O objetivo foi falar sobre os pontos da pauta do 20º Grito da Terra Brasil da área da saúde.
O presidente da CONTAG, Alberto Broch, relembrou que, de todas as políticas públicas para o campo, 90% delas são conquistas destes 50 anos de luta e 20 anos de GTB. Alberto também reforçou a importância da pauta deste ano: “é muito importante para milhares de homens e mulheres que vivem no campo brasileiro”.
Em seguida, José Wilson Gonçalves, secretário de Políticas Sociais da CONTAG, apresentou as principais reivindicações.
A primeira foi a que demanda o desapensamento e votação em regime de urgência do Projeto de Lei Popular - PLP nº 321/13 que defende 10% da receita corrente bruta da união para o financiamento da saúde pública brasileira.
Na sequencia, José Wilson citou uma importante reivindicação para os trabalhadores e trabalhadoras rurais: a implementação da Política Nacional de Saúde Integral das populações do campo e da floresta, com ênfase no fortalecimento da atenção básica, programa de Saneamento Básico Rural e redução de controle dos agrotóxicos no ambiente e na saúde do trabalhador e da trabalhadora rural. O ponto que reivindica o mapeamento das condições de saúde, trabalho e ambientais no campo, em especial nas regiões do agronegócio também foi destacado. Segundo o dirigente, “nem sempre os trabalhadores(as) estão preparados para trabalhar sob condições de uso de agrotóxicos e, muitas vezes, acabam adoecendo.”
A formulação e implementação de um programa nacional de saneamento básico rural em consonância com a política e plano nacional de saneamento básico, precedido de um diagnóstico específico e definição de orçamento adequado às necessidades do campo, também foi levantada por José Wilson. “Essa política precisa chegar com qualidade no campo brasileiro. A Funasa precisa ter um empenho maior, para que ela possa cumprir o papel de fazer o saneamento básico chegar ao campo. Saneamento básico também é saúde”, afirmou o dirigente.
Com relação ao Programa Mais Médico, José Wilson reivindicou unidades móveis para atendimento as comunidades e assentamentos rurais em articulação com o Programa Mais Médico e participação dos STTRs. Sobre esse tema, os representantes do MS reconheceram que é preciso acompanhar de perto e monitorar com muita responsabilidade as ações do Programa, contando com a ajuda da CONTAG para isso. FONTE: Imprensas CONTAG - Julia Grassetti