Dirigentes e assessores sindicais de todo o país estão reunidos em Brasília no encontro do Coletivo Nacional de Políticas Sociais, que ocorre nos dias 4 e 5 de setembro. Os objetivos são orientar a intervenção dos secretários(as) desta pasta nas FETAGs, nas questões relativas à temática de Proteção Social por ocasião das Plenárias Estaduais em preparação ao 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (11º CNTTR), além de debater, aprofundar e dar encaminhamento às demandas e temas referentes a cada política coordenada por esta Secretaria, tomando como base o resultado das negociações do Grito da Terra Brasil 2011 e 2012.
No início da manhã foi exibido um vídeo que retratou a profissiografia do trabalho rural, produzido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (FETRAECE). Em seguida, na abertura política, o presidente da CONTAG Alberto Broch saudou a todos e desejou sucesso nos debates que serão realizados nesses dois dias. O dirigente aproveitou para lembrar a realização do Encontro Unitário dos Trabalhadores(as) e Povos do Campo, das Águas e das Florestas (20 a 22 de agosto), que reuniu 10 mil pessoas de todo o país. “Temos orgulho de tantas políticas que estão andando, mas a Reforma Agrária não está”, atesta. Broch informou ainda que nesta quarta-feira (5 de setembro) ocorrerá um encontro com representantes das cinco regionais do Brasil e o Ministério do Trabalho e Emprego para tratar de registros sindicais.
Juraci Souto, secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, também participou da abertura e fez o convite para que todos os secretários e secretárias de Políticas Sociais das FETAGs apoiem as atividades de Formação nos estados. “Estamos aqui reunidos em Brasília com a nossa Rede de Colaboradores e Educadores da Escola Nacional de Formação da CONTAG (ENFOC). Precisamos não só conquistar políticas, mas também manter o nosso povo politizado”, destaca.
Ao iniciar a programação, o secretário de Políticas Sociais da Confederação, José Wilson, fez uma análise sobre a conjuntura política brasileira e o papel do movimento sindical nesse cenário. “Destaco dois pontos importantes: primeiro, os movimentos sociais construíram unidade a partir do que pensam em torno da política pública de Educação do Campo, explicitado no Seminário Nacional de Educação do Campo, promovido pelo Fórum Nacional de Educação do Campo (FONEC) de 15 a 17 de agosto, em Brasília; segundo, a realização Encontro Unitário dos Trabalhadores(as) e Povos do Campo, das Águas e das Florestas e entrega da declaração ao governo federal, onde os trabalhadores(as) manifestam a insatisfação e demandas na luta pela reforma agrária, terra, território e dignidade”.
Ainda no final da manhã desta terça-feira, foi iniciada uma apresentação sobre o 11º CNTTR, suas atribuições e documento base. No período da tarde, o foco esteve na Previdência Social, tratando de questões sobre o Cadastro de Segurados Especiais, socialização dos debates e encaminhamentos da 1ª Reunião do GT de Previdência Social, perícia médica e informes sobre a Junta de Recursos da PS. À noite estão previstos o lançamento do livro “Reflexões sobre o fazer pedagógico na formação de lideranças e dirigentes sindicais rurais: Desenvolvimento Territorial com ênfase na Educação do Campo”, e das cartilhas “Dimensão Educativa da Luta Sindical e práticas pedagógicas na Educação do Campo” e “Educação Infantil do Campo: Semeando sonhos, colhendo cidadania”.
Para o último dia estão programados debates nas áreas de Proteção Infanto-Juvenil, Educação do Campo e Saúde das Populações do Campo e das Florestas. “Temos que pensar como as políticas públicas podem ter destaque no nosso Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS) e como elas podem contribuir na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, afirma José Wilson. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi
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