Para solucionar os gargalos existentes nas fases pós-colheita, o engenheiro agrônomo da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), Jair Pedro Vendrúsculo, apresentou hoje (16) ao secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, um Programa de Apoio ao Pós-Colheita da Agricultura Familiar, no encerrando as comemorações da Semana Mundial da Alimentação.
O plano abrange todas as empresas vinculadas à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) para que estendam suas ações para o pequeno agricultor, cuja produção é muito pequena e não atrai a atenção das estruturas de comercialização, disse o engenheiro agrônomo.
Bianchini aprovou o trabalho conjunto e o processo de integração entre as vinculadas e entidades da iniciativa privada e instituições financeiras previstas pelo programa. O secretário disse que esse estudo certamente vai receber o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que poderão incrementar esse programa no Paraná, "que certamente será pioneiro no País", afirmou.
Para Bianchini, só a parceria entre as entidades privadas e os governos federal, estadual e municipal vão disponibilizar infra-estrutura de armazenagem e comercialização aos pequenos produtores. "Esse programa vai solucionar um caso crítico do pequeno agricultor familiar, que por falta de apoio não consegue levar sua produção até um centro de comercialização", disse o secretário. "Assim ele fica na mão dos atravessadores que vão até as propriedades e compram os alimentos por qualquer preço", emendou.
O programa prevê o envolvimento de todas as entidades dos governos federal, estadual e municipal que atuam de forma isolada para que, de forma coletiva e integrada, possam otimizar as estruturas já existentes no campo para atender o pequeno agricultor familiar.
Ele contempla a estruturação e capacitação dos produtores e implementadores para gestão associativa e individual. Segundo Vendrúsculo, serão necessárias ações em todas as etapas das cadeias produtivas, principalmente na área de grãos e hortaliças, onde o pequeno produtor são mais desamparados nas fases do pós-colheita e perdem competitividade diante das exigências de mercado.
Ele destacou que o programa prevê a dotação de infra-estrutura de transporte e armazenagem para os pequenos produtores que não sabem como colher, limpar, embalar e vender os alimentos que acabam se perdendo por falta de qualidade e longevidade. "É justamente essa fase que vai determinar se o produtor tem lucro ou não com a produção", observou.
FONTE
Agência Estadual de Notícias FONTE: Agrosoft Brasil