11/02/2008
A Comissão Nacional do Cacau, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), prepara um estudo que apontará uma - nova - série de medidas para erradicar a vassoura-de-bruxa nas plantações afetadas pela doença. O relatório baseou-se na experiência bem sucedida implementada em uma fazenda ligada a uma empresa do setor de alimentos.
Todos os cálculos de custo do trabalho são preliminares, afirma o consultor Thomas Hartmann, já que o trabalho da comissão ainda está em andamento. Com base na experiência da fazenda pioneira, que começou já há quatro anos, o custo deverá ficar entre R$ 10 mil e R$ 13 mil por hectare. Se aplicada em todos os cerca de 400 mil hectares ocupados pelo cacau, o gasto será, em quatro anos, de R$ 4 bilhões a R$ 5,2 bilhões. A técnica envolve o cruzamento de uma série de variedades de cacau mais resistentes à doença.
A iniciativa pode despertar o ceticismo de quem já está escaldado com outras tentativas, fracassadas, de erradicação da doença. Porém, o caso do Equador, segundo maior produtor das Américas, é emblemático: com o cruzamento de variedades resistentes, o país conseguiu debelar a vassoura-de-bruxa.
Batizada em virtude da aparência da planta infectada, que fica com ramos secos como uma vassoura velha, a vassoura-de-bruxa, de origem amazônica, foi detectada no fim do século 19 no Suriname. Ela afeta as plantações da América do Sul e do Caribe. (PC) FONTE: Valor Econômico ? SP