CBN Minas e O Globo Online
BELO HORIZONTE - A chuva que vem caindo desde sábado em Minas Gerais já deixa 13 cidades em estado de emergência. De acordo com a Defesa Civil estadual, 1.100 pessoas estão desabrigadas e 53 casas e seis pontes foram destruídas. O temporal já provocou queda de árvores e cortes de energia na região metropolitana de Belo Horizonte e o fechamento de todos os principais aeroportos do interior do estado.
A previsão para os próximos dias, inclusive durante o carnaval, é de fortes pancadas de chuva em todo o Sudeste do país. De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a partir desta sexta-feira, os temporais deverão ficar concentrados sobre o centro-norte de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. No sábado, a chuva continua castigando essas regiões.
As bruscas mudanças de temperatura não são consequência de algum fenômeno específico, explicam especialistas do Inpe. As fortes chuvas são comuns nesta época do ano, principalmente no Sudeste e no Centro-oeste do país. Elas ocorrem devido ao choque entre o ar quente e elevação de temperatura com a umidade do ar.
Temporais causam acidentes na região metropolitana de Belo Horizonte
Em Ipatinga, no Vale do Aço, o corpo de um rapaz de 23 anos foi encontrado nesta quarta. Ele havia sido levado pela enxurrada que atingiu a cidade no último sábado. De acordo com a Defesa Civil, uma tempestade provocou o aumento de volume de água de um córrego que passa dentro do município, arrastando a vítima.
Em Contagem, um acidente envolvendo dois ônibus no fim da manhã deixou 13 pessoas que estavam no ponto feridas. Duas estão em estado grave. A chuva provocou ainda acidentes no anel rodoviário e nas estradas.
Ainda em Contagem, na Vila São Vicente, uma encosta desabou e três famílias foram desalojadas por causa do risco de desabamento. Tratores estão no local retirando a terra.
Em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, um muro caiu sobre uma casa, mas ninguém se feriu. Na BR-381, uma carreta tombou na altura de Itaguara fechando parte da rodovia.
Aeroportos fechados ou funcionando com instrumentos
De acordo com o Climatempo, em menos de 24 horas choveu em Belo Horizonte (140 milímetros) quase a metade do que normalmente chove em todo o mês de janeiro. A média é aproximadamente de 296 milímetros.
Em Belo Horizonte, o Aeroporto da Pampulha está fechado para pousos e opera por instrumentos nas decolagens. Nove vôos estão em atraso. Em Confins, pousos e decolagens estão sendo realizados por instrumentos. Vários vôos vão decolar com atraso e há a possibilidade de cancelamentos.
Segundo a Infraero, estão fechados os aeroportos de Ipatinga, no Vale do Aço; Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Juiz de Fora e Barbacena, na Zona da Mata. O aeroporto de Governador Valadares também está fechado e sem previsão para voltar a operar.
Técnicos da Cemig ainda tentam resolver o problema de energia
De acordo com os bombeiros, 16 árvores caíram em diversos pontos de BH e da região metropolitana, como Venda Nova, Ribeirão das Neves e Sion, onde uma árvore atingiu a rede elétrica. Técnicos da Cemig estão no local para tentar resolver o problema.
No bairro Santo Agostinho, ponto nobre de BH, uma árvore que caiu atingiu três carros, fechando uma das principais vias de acesso ao Centro.
Na Vila São Tomaz, perto do Aeroporto da Pampulha, bombeiros usam barcos para resgatar pessoas ilhadas porque o córrego do Onça transbordou.
No bairro São Luiz, na Pampulha, uma árvore caiu fechando o acesso de carros em uma rua. Mais cedo, uma árvore caiu na rua Aimorés com Amazonas, atingindo três carros e congestionando o trânsito.
Em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, chove desde a noite de terça-feira. Os principais problemas acontecem na periferia da cidade, onde vários bairros estavam em obras e as ruas ficaram, com muita lama. No centro da cidade, diversas ruas foram alagadas.
Chuva deixa 60 famílias desalojadas em Santa Catarina
Em Joinville, em Santa Catarina, cerca de 60 famílias desalojadas e houve deslizamento deslizamento em 17 pontos deivdo à chuva que atinge a cidade desde o início desta terça-feira. A previsão é que o temporal cotinue nesta quinta-feira. Se isso acontecer, a cidade pode decretar situação de emergência.
Na terça-feira choveu 111 milímetros em Joinville, enquanto a média do mês de janeiro fica em torno de 400 milímetros. FONTE: Globo Online ? RJ