Diário de SP
SÃO PAULO - As centrais sindicais pretendem arrecadar mais de um milhão de adesões ao abaixo-assinado que pedirá a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, sem diminuir salários, para criar mais empregos. O documento deverá se entregue ao Congresso Nacional em maio, como forma de pressionar a análise de dois projetos de lei sobre o assunto em tramitação no Legislativo. Com a medida, as entidades esperam gerar 2,2 milhões de novas vagas no país.
O início oficial da arrecadação dessas assinaturas começou na segunda-feira, durante manifestação realizada pelas entidades na Praça Ramos de Azevedo, no Centro de São Paulo. Dentro da programação, outros 110 mil metalúrgicos ligados à Força Sindical paralisaram as atividades por até duas horas no estado. A parada atingiu empresas em 32 cidades.
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, destacou que o abaixo-assinado pretende tirar da gaveta dois projetos que tratam do assunto. Um deles é do senador Paulo Paim (PT-RS) e outro do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).
- A idéia agora é fazer mobilizações iguais a essa nas capitais de outros estados do país. Num próximo passo, a coleta passará para as categorias dentro das empresas e em outros locais - explicou Santos.
A coleta das assinaturas ocorrerá até o dia 1 de maio, quando se comemora o Dia do Trabalho.
Empresas paradas
A paralisação dos metalúrgicos vinculados à Força Sindical foi marcada por assembléias para discutir a proposta de redução da jornada. Com faixas e cartazes, os trabalhadores pararam as principais empresas do setor no estado.
Os sindicalistas começaram a obter assinaturas para o documento a ser entregue ao Congresso. Na capital, as paralisações atingiram 20 mil empregados, destacou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno Bezerra. FONTE: Globo Online ? RJ