Mais de um milhão de pessoas tomaram as ruas no Brasil e no mundo para cobrar das autoridades governamentais condições dignas de trabalho. No dia da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente, comemorado no Brasil nesta sexta-feira (10), centrais sindicais, federações e sindicatos fizeram várias manifestações nas principais capitais brasileiras. O evento é promovido pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e pela Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA).
Em São Paulo, foi feita uma grande passeata organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Força Sindical para lutar pelo fim do trabalho escravo e infantil. Os manifestantes também cobraram a ratificação das Convenções da OIT, a 151 - que garante direito à negociação coletiva no funcionalismo - e a 158 - que proíbe a demissão sem justa causa do trabalhador.
O presidente da CUT, Arthur Henrique, explica que "no Brasil, o movimento dos trabalhadores cobra a ratificação das convenções 151 e 158. Além disso, querem que o Ministério do Trabalho aumente a fiscalização e mais verbas do orçamento público sejam destinadas às ações de fiscalização no meio rural".
Na avaliação do secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Contag, Antônio Lucas, o movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR) tem muitas conquistas a lembrar nesta data tão importante. "Hoje, estamos num processo democrático importante para o trabalhador rural. Desde a Constituição Federal de 88, tivemos uma lei mais clara com relação à reforma agrária e melhorias nas relações de trabalho", destaca o dirigente da Contag. FONTE: Andréa Povoas, Agência de Notícias Contag