Cautela. De acordo com Rui Prado, que assume hoje a presidência da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), esta deve ser a palavra de ordem dos produtores de grãos do Estado nesta safra 2007/08.
Para ele, que substitui o deputado federal Homero Pereira (PR-MT) à frente da entidade, os elevados preços de commodities como soja e milho no mercado internacional não são garantia de boa rentabilidade ao longo da temporada, principalmente por causa da alta de custos e fretes, da contínua valorização do real em relação ao dólar e do risco climático.
Além disso, diz, grande parte dos produtores do Estado segue descapitalizada após duas safras de problemas de liquidez e renda e ainda não há definição sobre um alongamento maior do pagamento das dívidas contraídas nos últimos anos. "A agricultura é estratégica para o país e é preciso uma ação estratégica dos governantes", defende o dirigente.
Apesar disso, prevê, a área plantada de soja do Mato Grosso - maior Estado produtor do grão do país - deve crescer 6% em 2007/08, para 5,8 milhões de hectares. O plantio, que depois do atraso das chuvas começa a ganhar ânimo, vem sendo sustentado sobretudo por um forte movimento de vendas antecipadas da produção. FONTE: Valor Econômico ? SP