Wellington Jesus da Silva foi julgado pela segunda vez ontem (12) pelo assassinato do presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Rondon (PA), o Desinho. Ele havia conseguido o direito de ser julgado por um novo júri, amparado no fato de que a primeira sentença ultrapassou os 20 anos de prisão. Mas, neste segundo julgamento, a sentença de 29 anos foi mantida.
A atual presidente do sindicato e viúva de Desinho, Maria Joel Dias, falou que a sentença representa uma vitória dos MTTRs. "Vai fazer sete anos que a gente vem pedindo justiça e o fim da impunidade de crimes como este", explica. "Nossa expectativa agora é colocar no banco dos réus o mandante do crime e os intermediários".
No início do mês de abril, a Justiça paraense retirou a acusação contra o fazendeiro Décio José Barroso Nunes, o Delsão, suspeito de ser o mandante do assassinato de Desinho. A determinação preocupou o movimento dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que já recorreu da decisão.
Emmanuelle Nunes e Vanessa Montenegro
Agência Contag de Notícias