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MARCHA DAS MARGARIDAS
Carmen Foro: Como mulheres batalhadoras, sempre vamos querer mais
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18 de Agosto de 2011

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Em resposta à pauta de reivindicações da Marcha das Margaridas, a presidenta Dilma Rousseff anunciou medidas sobre saúde e fomento a inclusão produtiva das trabalhadoras rurais Durante ato de encerramento da 4 Marcha das Margaridas, que aconteceu no Parque da Cidade, em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a construção de 16 unidades básicas de saúde fluviais para atender a região amazônica, e a construção de 10 Centros de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerests), em todo Brasil, além de medidas de fomento à inclusão produtiva das mulheres. Na avaliação inicial da secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro, o atendimento à pauta foi a contento. Segundo a secretária explicou, desde 2000, quando da realização da primeira Marcha, as mulheres foram conquistando ao longo do tempo políticas públicas específicas para as mulheres. “O que vemos agora é a implementação dessas políticas conquistadas”, considerou a dirigente. Indagada se estava satisfeita com as respostas anunciadas, a secretária da Contag disse que as mulheres nunca estarão satisfeitas, “sempre vamos querer mais, pois é próprio da natureza da mulher batalhadora querer melhorar sua condição de vida”, disse a dirigente feminista. Durante discurso de encerramento, o presidente da Contag, Alberto Broch, lembrou de todas as mulheres que não puderam participar da Marcha, mas que estavam em seus estados aguardando as conquistas dessa mobilização, que segundo ele, “ficou marcada na história como a maior mobilização de mulheres organizadas, do Brasil, da América Latina e quem sabe do mundo”, considerou. Broch ainda disse que muitas das políticas que ainda estão florescendo no campo brasileiro são frutos das Marchas passadas que deixaram um legado de luta por igualdade e justiça no campo. “São mulheres guerreiras que de forma autônoma cobram do governo melhores condições de vida e de renda”, afirma. O presidente cobrou da presidenta Dilma Rousseff a inserção dos trabalhadores e trabalhadoras rurais em seu programa de governo que busca erradicar a miséria. “Queremos participar desse resgate de milhares de famílias que estão na miséria no campo brasileiro”, reivindicou. A ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Iriny Lopes, fez um discurso incisivo em que lembrou a importância da eleição da primeira mulher presidenta do Brasil. “Todas vocês sabem da importância desse feito, e mais do que isso, sabem o que isso significa, e por isso estão aqui cobrando a igualdade entre homens e mulheres. A ministra ainda continuou: “Uma mulher na presidência da república está fazendo tudo aquilo que muitos acharam que uma mulher não era capaz de fazer, e essa vitória também é de cada uma de vocês”, complementou. Ao dizer que Brasília é a capital de todos os Brasileiros, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, se referiu à presidenta Dilma Rousseff como mais uma das 'Margaridas' que faz história no Brasil. Para o governador, todas as bandeiras de luta das trabalhadoras rurais foram fortalecidas com a mobilização. Segundo ele, a Marcha chamou a atenção do Brasil e do mundo, “e o mais importante é que a pauta de reivindicações não se limitou as bandeiras exclusivas da mulher, mas de uma sociedade justa e igualitária com oportunidade para todos”, afirmou. Ao entregar o caderno de respostas às reivindicações da Marcha das Margaridas, a presidenta Dilma Rousseff disse que a Marcha a emociona não apenas enquanto presidenta da república, mas como mulher e cidadã. Um dos anúncios feitos pela presidenta é a continuidade do diálogo para o atendimento aos itens que não puderam ser atendidos no momento. “Garanto a vocês a continuidade de reuniões e o diálogo de negociação iniciado com o presidente Lula”, afirmou a Rousseff. Ainda na área da saúde, a presidenta disse que vai implementar programas como o 'Rede Cegonha', que ampara mulheres gestantes no intuito de reduzir a mortalidade materna do campo e da floresta, e também vai fomentar a campanha nacional de câncer de colo de útero e de mama. Anunciou ainda o estudo para a construção de um mapa da saúde do campo e um plano integrado de saúde às populações expostas aos agrotóxicos. A Contag e a coordenação nacional de trabalhadoras rurais, junto com a rede de parceiras da Marcha das Margaridas vão analisar todo o conteúdo do caderno de respostas à pauta de reivindicações, e vai continuar o diálogo com o governo para conquistar os pontos que não avançaram até o momento. FONTE: Agência Contag de Notícias - Suzana Campos



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