Para formular políticas públicas de combate à violência contra a mulher do campo e da floresta, é preciso levantar dados, demandas e definir prioridades de atendimento. Foi o que discutiu o I Seminário do Fórum Nacional de Elaboração de Política de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Campo e da Floresta realizado em Brasília. O seminário, que começou na terça-feira (6) e acabou na quarta-feira (7), foi promovido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM) e é uma importante conquista da Marcha das Margaridas 2007.
"Esse fórum é resultado de todo um questionamento político que temos feito sobre processo de construção de políticas públicas para as mulheres. Entendemos que o governo tem se empenhado e temos presenciado avanços, mas, no entanto, as mulheres rurais ainda têm pouco acesso aos resultados destas políticas", disse a coordenadora nacional de Mulheres da Contag e vice-presidente da CUT, Carmen Foro. "Esse seminário foi importante para refletir a construção de políticas adequadas às diversas realidades das mulheres do campo", completa. Ela ressaltou ainda que essa é a primeira vez que movimentos sociais e representantes de oito ministérios se reúnem para discutir políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres rurais.
As políticas públicas contra a violência específica para as mulheres do campo e da floresta serão formuladas em várias etapas. O resultado será divulgado em novembro de 2008. Até lá, os serviços que já existem serão adequados á realidade do campo e da floresta. Participaram do seminário além da Contag,a subsecretária de Monitoramento e Ações Temáticas da SPM, Aparecida Gonçalves; Rosane Bertotti, representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), representantes do governo,da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Movimento das Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR/NE) e Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), entre outros.
Agência Contag de Notícias