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CARIRI: FIM DOS AGENTES RURAIS
Cariri: Fim dos agentes rurais preocupa produtores
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16 de Janeiro de 2008

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Juazeiro do Norte. A preocupação no campo aumenta com a saída gradativa dos agentes rurais, principalmente na região do Cariri, onde atuam 156 desses profissionais. Produtores rurais começam a se mobilizar e solicitam urgência do Estado para solucionar o problema. Com o fim dos contratos de três anos da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), os agentes deixam de receber o salário de R$ 900,00. Até o fim de março 70% deles deixam de atuar. Os agentes rurais foram contratados pelo Estado por meio de um processo de seleção. Uma das alternativas apresentadas durante os encontros que estão sendo promovidos com os agentes em várias cidades do Estado é a realização de concurso para efetivação de pessoal.

Produtores dizem que estão se sentindo prejudicados, por estarem sendo acompanhados pelos trabalhos dos agentes que já têm um conhecimento mais aprofundado de culturas específicas. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Crato, José Hildo Silva, já se sente um reflexo em relação a saída desses profissionais. "Eles, na verdade cobrem uma lacuna onde o técnico não chega. São pessoas treinadas e que estão dando conta do recado. São essenciais para o agricultor", diz. No caso de inserção em custeio agrícola ou como pronafianos (Pronaf), segundo o dirigente sindical, são os agentes que elaboram o perfil dos produtores.

Conforme Hildo, a preocupação é grande e torna-se necessária uma solução para o problema, já que o momento é um dos mais propícios para a agricultura na região. O presidente da Associação dos Agentes Rurais do Estado do Ceará (Aagrece), José Araújo de Oliveira, afirma que este é um momento difícil para o campo no Estado e alguns agricultores estão pensando em entrar coletivamente na justiça por estarem se sentindo prejudicados. Ele cita alguns do município de Nova Olinda.

Mais de 100 agentes estiveram reunidos durante esta semana no Crato, para discutir a questão com técnicos da Ematerce, o deputado estadual Hermínio Rezende, o diretor administrativo e financeiro da Ematerce, Eduardo Aragão de Albuquerque e técnicos da região, além de alguns produtores. Eles deram depoimentos do trabalho desenvolvido pelos agentes em suas propriedades e a preocupação e os possíveis prejuízos para o campo com a saída dos agentes rurais.

Fora do campo

A situação é de urgência, conforme José Araújo de Oliveira. No Ceará já são cerca de 130 agentes fora do campo e isso significa prejuízo para o Estado. Só em dezembro, segundo ele, saíram 48 agentes. Ele destaca o Cariri com uma das regiões que exigem urgência no trato com essa situação por se configurar nesse período a quadra invernosa. Ressalta que, atualmente, com a saída de agentes, um dos setores mais prejudicados tem sido o da fruticultura, além dos plantios com oleaginosas como a mamona e girassol e o setor agropecuário. Na região se destaca a ovinocaprinocultura.

A rotina de trabalho dos agentes rurais é de oito horas ou mais. Os próprios agentes deram depoimentos da situação em que se encontram. Muitos dos que participaram da reunião estão sem perspectiva de trabalho e não terão encargos trabalhistas para receber. José Araújo destaca uma das medidas imediatas pensadas para uma contratação urgente: a criação de uma cooperativa. Outros municípios, por meio da Secretaria de Agricultura, estão tomando a iniciativa de contratar o agente rural que vinha dando assistência aos agricultores de suas respectivas áreas. Outra grande preocupação diz respeito aos financiamentos no campo, por conta dos possíveis prejuízos dos produtores desassistidos.

A diretoria da Ematerce destacou a preocupação maior com o homem do campo. Segundo o diretor Eduardo Aragão, 36 agentes foram enviados para a Funcap para serem contratados, sendo seis deles master. "O trabalho de vocês é importantíssimo e é por isso que estamos aqui", disse diante dos apelos dos agentes.

Elizângela Santos

Repórter

Mais informações:

Associação dos Agentes Rurais do Estado do Ceará

Rua Fernando Pinheiro, 10

Morada Nova (CE)

(88) 9215.9132

VALE DO JAGUARIBE

Chuvas evidenciam áreas de risco

Limoeiro do Norte. O ciclo das águas no Sertão cearense é, a um só tempo, ciclo das farturas e das mágoas. O Interior não tem o mesmo superpovoamento em regiões ribeirinhas como na Capital, vitimando os moradores que toda quadra chuvosa precisam sair antes que as águas levem. Ainda assim, várias famílias moram na beira dos rios, como o Jaguaribe, mesmo em alicerces de bases sólidas, mas sujeitos às erosões resultantes da degradação. De forma lenta e gradual, os alicerces das casas ficam expostos e, quando chega o "inverno", as casas ficam mais dentro do rio.

Enquanto isso, estradas de terra arrastadas no ano passado têm retornado aos seus lugares sem qualquer solução humana, como que prontas para repetir a "fuga" na próxima maior enxurrada.

Uma alternativa, talvez única, de ação encampada pelos municípios do Interior para atenuar os problemas estruturais do período chuvoso é a criação de passagem molhada. Em Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe, existem pelo menos cinco dessas pontes, construídas em áreas de declive. Além de melhorar o trânsito sobre os rios e riachos, os locais servem de ponto de lazer para os moradores das redondezas. Mas basta a quadra chuvosa ser um pouco acima da média de todos os anos que não tem passagem molhada, trânsito nem ponto de lazer. Tudo vai, literalmente, por água abaixo.

Ponte e canoa

Em Tabuleiro do Norte, a ponte que o liga a Limoeiro do Norte diminuiu o sofrimento das pessoas que precisavam transitar por ali no inverno. A antiga ponte de madeira deu lugar a passagem molhada de concreto e cimento. Mas basta que haja sucessivas chuvas com média de 40mm e em duas semanas só será possível trafegar no local de canoa, que, neste período que se inicia, estão sempre a postos esperando a vez. Bom para os canoeiros, geralmente agricultores frustrados com a atividade agrícola, e para quem agradece pela alternativa de trânsito; ruim porque é preciso pagar para atravessar nas canoas antigas, dividindo espaço com motos, motores artesanais e sem qualquer bóia salva-vida.

Cada passagem molhada custa em média R$ 200 mil e geralmente não ultrapassa os 50 metros, nem sempre chegando aos pontos mais altos das margens dos rios que atravessa, daí a maior possibilidade de inundação desses locais. Em outros casos, nem atravessa o rio todo. Em abril do ano passado, cerca de 50 metros de uma estrada foram arrastados pela forte correnteza do rio Banabuiú, entre as comunidades de Ilha e Espinho, em Limoeiro do Norte. A solução encontrada pelos moradores foi atravessar de canoas, mesmo de forma bastante insegura.

À beira do rio Jaguaribe, no trecho de Limoeiro do Norte, possui dezenas de casas, a maioria instalada há várias décadas, em alicerces de mais de cinco metros de ferro e cimento. Degradam o meio ambiente e desobedecem a legislação, que prevê uma distância bem maior do rio. Mas um problema maior pode estar no futuro, já que a cada período chuvoso as colunas de concreto estão mais expostas e, em algumas residências, vê-se a inclinação da parte traseira.

"Mas graças a Deus não tive nenhum problema aqui não", comenta o mototaxista Francisco Ângelo, que mora no sítio Ilha, numa casa bastante próxima do rio (tomando como referencial a bacia hídrica original, a casa já está dentro do rio). Há dois anos ele mora no local, e só num período de bastante chuva, quando a água já tocava o alicerce, ficou preocupado, mas disse que não precisou sair do lugar, um problema que muitos enfrentam.

Melquíades Júnior

Colaborador FONTE: Diário do Nordeste ? CE



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