Construção da usina está parada há três dias por causa de manifestações.
Agentes da Força Nacional de Segurança chegaram ao local.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
Agentes da Força Nacional de Segurança chegaram à Hidrelétrica de Estreito, no Maranhão, nesta quinta-feira (13). A construção da usina está parada há três dias por causa de um grupo de manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST ).
A Força Nacional de Segurança, além de policiais civis e militares, participam da segurança no canteiro de obras da Hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins.
Desde terça-feira (11), integrantes do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) bloqueiam o principal acesso à usina. A interdição da entrada principal do canteiro de obras impede o acesso de caminhões carregados de material, como cimento e aço. Por causa disso, os 1,8 mil funcionários não têm como trabalhar.
Um funcionário do consórcio que administra a obra está preso, acusado de atirar contra os manifestantes. Um integrante do MST de 18 anos foi atingido no tornozelo.
Os manifestantes são contrários à construção, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, e querem ter o direito de negociar as indenizações das famílias que tiveram de deixar a área.
"Já tentamos várias discussões com a empresa. Apresentamos a pauta, mas não existe nenhuma resposta", declarou Cirineu Rocha, coordenador do MAB.
Com a barragem, as águas do Rio Tocantins vão inundar 12 municípios, inclusive áreas indígenas e de assentamento. E devem gerar energia suficiente para abastecer quatro cidades como São Luís.
Os manifestantes dizem que as obras vão prejudicar mais de cinco mil famílias. O consórcio afirma que o número de famílias atingidas será menor, apenas 2,7 mil.
"Não se pode prejudicar da maneira como está sendo prejudicada o andamento de uma obra da importância dessa. Tratando de um bem essencial público que é energia elétrica e nós ficarmos numa situação como essa há três dias. Tem que acontecer alguma coisa", disse o gerente de obras Massilon Gomes. FONTE: G1 Globo