A Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 13 a Medida Provisória 353/11, que cria programas de apoio à conservação ambiental e de fomento à produção rural às famílias em situação de extrema pobreza, entre elas as de agricultores e agricultoras familiares. O texto dessa proposta integra o Plano Brasil sem Miséria, lançado pelo governo em junho, e agora está no senado. O texto aprovado foi o relatório do deputado Assis do Couto (PT/PR) e prevê que o programa Bolsa Verde vai pagar, a cada três meses, R$ 300 a famílias que desenvolvam atividades de conservação dos ecossistemas determinados pelo governo federal. Com isso, a ideia é preservar uma área de 145 milhões de hectares de florestas públicas que se distribuem por florestas nacionais, reservas extrativistas ou de desenvolvimento sustentável. A proposta vale também para incentivar projetos de assentamento vinculados ao extrativismo ou à exploração sustentável da floresta. No caso dos agricultores e agricultoras familiares, as famílias participantes vão receber até dois mil e quatrocentos reais em três parcelas no período de dois anos. Esse prazo poderá ser prorrogado se ocorrerem situações que impeçam ou retardem a execução do projeto que estrutura a unidade produtiva. “A Contag entende que o programa é muito importante para a agricultura porque é um incentivo a preservação do meio ambiente e uma forma de as pessoas entenderem que preservando as pessoas têm um resultado positivo não só pelo bem que causa, mas pela ajuda financeira, mas eu acredito que não vai atingir realmente metade do público que a gente tem e que ainda é uma coisa muito tímida’’, disse a secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosy dos Santos. Segundo ela, a previsão é de que sejam atendidas 213 mil famílias no meio rural. De acordo com dados do governo, quase metade das 16 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza moram no campo. FONTE: Agência Conta de Notícias - Danielle Santos