Com dinheiro em caixa, o BNB busca apoio para instalação de correspondentes bancários no Interior
O Banco do Nordeste (BNB) abre o cofre e anuncia a disponibilidade de R$ 1,77 bilhão para investimentos no Ceará em 2008, através de várias linhas de crédito da instituição. Desse total, R$ 902 milhões são oriundos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), sendo R$ 200 milhões para a agricultura familiar e mais R$ 73,5 milhões para micro e pequenas empresas.
Outros R$ 500 milhões estarão disponíveis para contratos de crédito comercial e R$ 280 milhões, para aplicações no CrediAmigo. ´Nossa meta este ano é aplicarmos R$ 1,77 bilhão, somente no Estado´, disse, ontem, o superintendente do BNB no Ceará, Isidro Moraes de Siqueira, ao garantir que propostas de financiamentos de até R$ 50 mil não exigem projetos, análise de crédito e nem garantias e serão concretizadas em até 30 dias.
O anúncio dos recursos foi feito ontem, pela manhã, durante encontro com prefeitos, secretários de agricultura e representantes de classe (CDL, Ematerce, Sebrae e Fiec) e de sindicatos rurais, em Fortaleza. Na oportunidade, Siqueira pediu o apoio dos prefeitos e demais representantes classistas dos 156 municípios onde o Banco não tem agências no Ceará, para a instalação de correspondentes bancários.
´Até o fim do ano queremos ter 156 pontos de apoio no interior´, declarou o executivo, ao destacar que ´o remédio para a burocracia (na liberação do crédito) é a parceria´. Segundo Siqueira, a proposta do BNB com os correspondentes bancários ´é encurtar o caminho do crédito´, a partir de pontos de intermediação entre os tomadores e as agências.
De acordo com ele, o trabalho de fortalecimento das parcerias institucionais com o BNB ganharam força este ano, a partir da realização de 23 encontros semelhantes, reunindo representantes de todos os municípios cearense. No último, estiveram reunidos parceiros dos 16 municípios, que são atendidos através das cinco agências da capital cearense.
O banco, explicou, ´tem dinheiro, tem atitude, mas faltam projetos´, e precisa, portanto, de parcerias para facilitar a contratação de novos financiamentos e ´por o dinheiro na rua´. Conforme disse, as linhas de crédito atualmente disponíveis são as mais variadas possíveis, para todos os segmentos e setores econômicos.
´Temos também as melhores taxas (de juros)´, assegurou, ao citar, por exemplo, que as taxas para o setor rural, através do FNE, variam de 5% ao ano, para o mini produtor, a 8,5%, anuais, para o grande. Para as empresas urbanas e agroindustriais, as taxas de juros variam de 6,75%, ao ano, a 10%, anuais, conforme o porte. Em todos os setores, o contratante adimplente goza de bônus de rebate de 25%, no semi-árido, e de 15%, fora do semi-árido.
Carlos Eugênio FONTE: Diário do Nordeste ? CE