O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) caiu 37% entre julho de 2007 a 2008, chegando a R$ 2,17 bilhões. Em relação ao mês anterior a queda foi de 24,4%. A arrecadação líquida foi recorde, chegando a R$ 13,2 bilhões - 9,9% maior do que os R$ 12 bilhões recolhidos no mesmo mês do ano passado. E a despesa com benefícios ficou em R$ 15,4 bilhões, 0,6% menor em relação a julho de 2007. Segundo o ministro da Previdência Social, José Pimentel, a melhora foi resultado do aumento do emprego com carteira assinada e do ganho real dos salários. Outro fator foi o aprimoramento da gestão dos benefícios previdenciários, que resultaram na redução das despesas administrativas. O ministro confirmou essa tendência de queda com projeções que indicam necessidade de financiamento de R$ 38 bilhões até o final de 2008. Isso demonstra, disse ele, que a previsão de R$ 43 bilhões para 2009, aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias, poderá ser reduzida. Pela nova contabilidade - que considera como receita as renúncias fiscais -, os recursos financeiros necessários para equilibrar as contas da Previdência Social de julho seriam de R$ 907,1 milhões e não de R$ 2,2 bilhões, pois a Previdência deixou de arrecadar 1,270 bilhão com entidades filantrópicas, com o Simples e com a exportação da produção rural. De janeiro a julho deste ano, o total de recursos que faltaram para equilibrar receitas e despesas foi de R$ 20,8 bilhões, o que corresponde a queda de 20,1% em relação à necessidade de financiamento da Previdência nos primeiros sete meses de 2007. De janeiro a julho, a arrecadação líquida atingiu o montante de R$ 88,6 bilhões, o que corresponde a um aumento de 10,2% em relação aos R$ 80,3 bilhões arrecadados no mesmo período de 2007.
Emprego e renda - A recuperação da renda real dos trabalhadores também beneficiou as contas do INSS. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, em julho de 2008, nas seis regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.224,40, apresentando estabilidade em relação a junho, porém, na comparação com julho de 2007, o quadro foi de recuperação (3,0%). Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, 309 mil novos postos de trabalho foram criados em junho, um crescimento de 1,03% em relação a maio. Nos primeiros sete meses de 2008, o estoque de empregos formais elevou-se em 5,4%, representando o incremento de 1.564.606 postos de trabalho, o maior saldo registrado nesse período em todos os anos da série do Caged, situando-se 27% acima do recorde anterior verificado em 2004 (+1.236.689 postos ou +5,30%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu +6,86% ou +1.959.503 postos, resultado que se revelou mais favorável que o ocorrido no mesmo período do ano anterior (+4,99%, ou +1.373.026 empregos formais). Esse aumento se deu de forma generalizada em todo o País. Apesar do saldo positivo apresentado por todas as regiões metropolitanas do Brasil, o total de empregos gerados no interior segue sendo superior, principalmente por conta de fatores sazonais relacionados ao ciclo agrícola. Ao todo foram 90.710 vagas criadas, 0,80% a mais do que o estoque de junho. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento foi ainda mais expressivo, visto que foram geradas 45.526 vagas extras entre os resultados de julho de 2007 e deste ano. A região metropolitana de Fortaleza teve desempenho surpreendente na geração de empregos em julho. De acordo com o Caged, a capital do Ceará e entorno criaram 5.990 novas vagas no sétimo mês de 2008, colocando a região em terceiro lugar no ranking de emprego entre as áreas metropolitanas, desbancando Belo Horizonte e Curitiba, que tradicionalmente ocupam essas posições. O desempenho da região metropolitana de Fortaleza foi motivado por contratações com carteira assinada nas áreas de indústria de transformação, com destaque para indústria têxtil e de calçados e serviços. FONTE: Em Questão