Após o almoço, os trabalhadores e trabalhadoras rurais presentes no 19º GTB fizeram um ato na Esplanada dos Ministérios em homenagem aos 50 anos da CONTAG (que serão comemorados em dezembro deste ano). A mesa foi coordenada por Aristides Santos (secretário de Finanças da CONTAG) e foi composta por Alessandra da Costa Luna (secreetária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG), Francisco Urbano (ex-presidente da CONTAG) e parlamentares. Para Francisco Urbano, não se pode falar da história da CONTAG sem voltar aos meados dos anos 1950, “quando começou no Brasil o movimento popular brasileiro e a questão central era a reforma agrária”. Depois, quando a CONTAG foi fundada em 1963, segundo Urbano não havia leis que protegessem os trabalhadores(as) rurais.” Se é difícil hoje, imagina como era naquela época. Tudo isso culminou com grandes lutas já naqueles tempos.” Após a ditadura militar, afirmou o ex-presidente, a CONTAG foi a primeira entidade a debater a garantia do direito de participação das mulheres no movimento sindical. Segundo Alessandra, os 50 anos da CONTAG nos remete a 50 anos de história e responsabilidades e nos leva a projetar quais os desafios do campo brasileiro para os próximos 50 anos. Ela ainda lembrou a importância da entidade, ao longo desses anos, na conquista de políticas públicas para o meio rural. “Todas as políticas conquistadas estiveram nas pautas dos Gritos da Terra. Elas são resultado desse processo de reivindicação e negociação da CONTAG com o governo”, afirmou Alessandra. Para ela, ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelo MSTTR, como o diálogo com a sociedade brasileira, por exemplo. “Como a sociedade olha hoje para nós quando estamos aqui na rua com faixas reivindicando a reforma agrária, por exemplo, é algo que devemos prestar atenção.” FONTE: Imprensa CONTAG - Julia Grassetti