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PARAÍBA
Assentamento do Crédito Fundiário cria cooperativa de fruticultores orgânicos em Esperança
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25 de Novembro de 2010

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Uma nova experiência em cooperativismo num assentamento do Crédito Fundiário está sendo vivenciada pela comunidade rural da Fazendo Carrasco, no município de Esperança, no Brejo da Paraíba, a partir da criação da COOFRANCA, Cooperativa dos Fruticultores e Olericultores Orgânicos do Assentamento Carrasco, naquele município. A assembléia de criação aconteceu no último dia 16, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Esperança e segundo o representante da Fetag-PB, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba, Ivanildo Pereira Dantas, trata-se da primeira cooperativa de agricultores em área do PNCF, Programa Nacional de Crédito Fundiário numa ação que objetiva trabalhar com foco na agricultura orgânica e na agroecologia. “Isso aqui saiu da vontade dos próprios trabalhadores, um grupo de 12 agricultores do Assentamento Carrasco no sentido de constituir e criar uma cooperativa, buscou informações lá na Fetag-PB e aí quando a iniciativa parte dos trabalhadores, a gente já tem interesse de estar buscando alternativa para melhorar a vida desses trabalhadores, e quando essa iniciativa sai dos próprios trabalhadores, nosso interesse e compromisso aumenta muito mais”, explica. Pereira informou que a cooperativa objetiva trabalhar com todas as camadas sociais, para o desenvolvimento e prática da Agricultura Orgânica, baseada nos princípios da agroecologia, não admitindo o uso de agroquímicos, de modo que preserve e recupere a capacidade produtiva dos solos, sem agressão ao ambiente e produza alimentos de alto valor biológico, sadios, equilibrados e sem contaminantes e que sejam acessíveis a todos os níveis sociais. Outro objetivo é fazer com que outros assentamentos rurais do crédito fundiário intensifiquem suas produções internas e criem cooperativas como forma de viabilizar a produção e mercado sem a presença do atravessador além de criar as condições tecnológicas e de conhecimento para o processo de agregação de valor ao produzido a partir da agro industrialização da produção rural. “A cooperativa ela tem um objetivo sim de, tanto valorizar o produto dos trabalhadores agregando valores porque a cooperativa trabalha com esse objetivo como ela também o objetivo de inserir o produto dos trabalhadores, não somente no mercado local, mas isso também a nível nacional e internacional, agora para que isso dê certo é preciso que os trabalhadores estejam conscientes de seu papel dentro da cooperativa”. Orlando Soares Correia é agricultor familiar naquele assentamento e, ao conversar com Domingo Rural, disse que a cooperativa fará a diferença na vida dos agricultores na hora de comprar utensílios para o desenvolvimento da agricultura, na busca de novos clientes e mercados e programas governamentais que busquem um produto de qualidade capaz de abastecer programas sociais dentre outros. “Já temos as associações e temos as feiras agroecológicas e agora com o surgimento da idéia da associação(cooperativa) é um meio de o agricultor se fortalecer cada vez mais”, comenta Orlando dizendo que o nível de produção das diversas famílias naquele assentamento rural tem feito com que identifique-se limitações na hora de colocar essa produção no mercado. “O tempo está quente, mas no assentamento Fazenda Carrasco a gente produz o ano todo. Além da gente ter o rio que corta o assentamento por completo, todos os agricultores trabalham com irrigação e a gente vem se mantendo graças a Deus”, afirma lembrando ser um produto agroecológico. O agricultor Francisco de Assis Luna, mora e produz naquele assentamento rural, ao conversar com Domingo Rural explicou que a cooperativa viabilizará ações importantes para agregar valor aos produtos daquela unidade coletiva de produção. “Tem uma grande importância, por exemplo: a gente trabalha na região que é uma região brejeira e que sempre tem frutas essas frutas tem importância pra gente agricultores é não devemos perder elas na época a exemplo nós temos a safra da manga, a safra do caju, a safra da acerola, a safra da banana, a safra da laranja, temos variedades de plantas e com a cooperativa a gente vai melhorar muito porque essas frutas que eu já falei a gente pode aproveitar e dela fazer uma polpa de frutas sem agrotóxicos e com qualidade, mas hoje a gente está tendo dificuldades por causa da que precisa do selo de qualidade e agente da agricultura familiar ainda não estamos conseguindo e eu acredito que com a cooperativa a gente vai trabalhar bem legalizado e aproveitar nossos produtos”. O presidente da nova cooperativa, Francinaldo da Silva Luna, disse que com as ações do Governo Federal as famílias do assentamento rural têm ganhado importante espaço para a venda de seus produtos associado aos espaços de venda direta ao mercado consumidor além do acesso á linhas de créditos importantes e que viabilizam a atividade camponesa agroecológica e que com a organização das famílias através da cooperativa, muitas coisas boas acontecerão em favor do assentamento como um todo já que a partir de agora irão partir na busca por estruturas que possam agregar valor aos gêneros diversos produzidos naquela unidade rural. “Nós precisamos muito de crescimento e crescimento se torna com tecnologia, não se consegue crescimento sem tecnologia, precisa de tecnologia para que juntos cheguemos ao crescimento”, explica e aconselha: “O recado que eu deixo é união, a união junto faz a força e o segundo recado será de grande responsabilidade nossa, então vamos preservar e salvar um pouco do que nos resta da nossa querida mãe natureza que é seguimento da próximas gerações que vêm por aí pela frente”. FONTE: Informativo Studio Rural, da Campina Grande-PB



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