A diretoria executiva da Contag apresentou durante assembleia na manhã desta terça-feira (17), no Parque da Cidade, informes sobre as negociações da pauta do Grito da Terra Brasil com o governo Dilma Rousseff. O presidente da confederação, Alberto Broch, destacou que o movimento sindical do campo está trabalhando desde o início do ano na organização e nos debates das demandas da população rural, juntamente com as regionais e estados. No entanto, na semana passada, foram mais de 40 audiências, com 16 ministros de estado. “Discutimos questões que dizem respeito à reforma agrária, agricultura familiar, desenvolvimento sustentável, educação, saúde e qualidade de vida no geral para que o povo da cidade e o governo respeitem aqueles que produzem o alimento sagrado que vai para a mesa de todo o País.” O dirigente alerta ainda sobre o momento vivido atualmente no Brasil com o corte de gastos pelo governo e com o aumento de juros pelo Banco Central. “O Grito da Terra vai continuar por todo ano, vamos continuar pautando o governo e permanecer nessa luta”, completa. Política Agrícola – O secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris, fez um resgate sobre algumas negociações. Nesse sentido, destacou que essa pauta não envolve apenas o crédito, a comercialização e a organização da produção, mas também a sustentabilidade e fatores sociais para os agricultores(as) e trabalhadores(as) rurais. “Acredito que estamos contribuindo com o governo no combate à extrema pobreza no País com a proposta da disponibilidade de uma assistência técnica diferenciada, por meio do Pronaf Sustentável e do Projeto Dom Helder Câmara”, anuncia Rovaris. O sindicalista citou também os avanços nas negociações nas áreas de crédito, novas tecnologias, implantação do Sistema Unificado da Saúde Animal (Suasa), expansão do Garantia Safra e na habitação rural e na diminuição do endividamento dos agricultores(as) familiares. “Esperamos conseguir sanar essa grande dívida social que o Brasil tem com o campo quando se trata da habitação e saneamento. Queremos manter no campo as famílias com gente e gente feliz”, reforça Rovaris. Políticas Sociais – O secretário José Wilson também socializou com os trabalhadores e trabalhadoras rurais as negociações nas áreas de saúde, proteção infanto-juvenil, previdência social e educação do campo. Alguns avanços concretos são: compromisso do Ministério da Saúde em construir dez Centros de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerests); realização da 14ª Conferência Nacional de Saúde com participação efetiva do movimento sindical do campo; construção de creches públicas no meio rural. Já o Ministério da Previdência Social garantiu que o novo programa de Cadastro de Segurado Especial ficará a disposição a partir do dia 30 de junho. Além disso, o Ministério da Educação se comprometeu em reconhecer e certificar todos os profissionais formados nos cursos de educação do campo. Meio Ambiente – Outro destaque no GTB desse ano é a discussão em torno da reforma do Código Florestal Brasileiro. A secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosicleia dos Santos, destacou que a mobilização em 2011 tem um mote diferente. “Temos uma proposição diferente dos latifundiários, pois estes não dependem da terra para sobreviver. Já a agricultura familiar, tem um modelo de produção de desenvolvimento, pois produzimos e preservamos o meio ambiente”, disse Rosy. FONTE: Agência Contag de Notícias - Verônica Tozzi