A CONTAG lamenta profundamente o assassinato da coordenadora do Conselho de Povos Indígenas de Honduras, Berta Cáceres. A companheira de luta foi assassinada nesta quinta-feira (3), à 1h hora local, em sua casa, localizada no departamento de Intibucá, sudoeste do país. Cáceres era líder da comunidade indígena Lenca, dos Movimentos Camponeses e defensora dos direitos humanos. Recentemente em uma Coletiva de imprensa Cáceres denunciou que quatro dirigentes de sua comunidade foram assassinados e outros receberam ameaças. De acordo com fontes locais, os assassinos que ainda não foram presos, esperaram Cáceres dormir, forçaram a porta e a mataram. Cáceres recebeu, no fim de abril de 2015, o prêmio Goldman, conhecido como Nobel do Meio Ambiente. "O que nos inspira não são os prêmios, mas os princípios. Aqui, com reconhecimento ou sem, lutamos e vamos continuar lutando", afirma, na cidade hondurenha de Tela", afirmou Cácere ao ser condecorada. No país com mais assassinatos de ativistas ambientais no último ano, Cáceres atuava em prol dos rios, das florestas e de comunidades indígenas. Uma das suas bandeiras de luta era a defesa do rio Gualcarque, considerado sagrado pelo povo lenca de Honduras. Além de ser um elemento fundamental de seu território e sua forma de vida que lhes garante soberania alimentar, medicamentos e espiritualidade. Cáceres desde 2006, através do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), da qual era coordeandora geral, vinha denunciando a entrada de máquinas em terras do povo lenca de Honduras, e assim, conseguiu expulsar do território a maior empresa construtora de represas do mundo, a chinesa Sinohydro. Direção da CONTAG FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes