A mobilização em todo o País pelo #AdiaEnem deu resultado. Desde a semana passada as organizações sociais e sindicais, entre elas a CONTAG, e o Congresso Nacional vêm pressionando o governo federal a adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Senadores(as) chegaram a votar nesta terça-feira (19), em regime de urgência, e aprovaram o adiamento por 75 votos a 1. Durante sessão da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20), que previa a votação da matéria, líderes do governo anunciaram a decisão do governo de adiar o Enem.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, havia marcado a aplicação do exame impresso para os dias 1º e 8 de novembro, e a versão digital para 22 e 29 de novembro. E a intenção do governo era manter o calendário. Apesar do anúncio do governo de adiar as provas, ainda não foi publicada Portaria com o anúncio da nova data.
Para a CONTAG, o adiamento do Enem é uma vitória da luta popular. Essa decisão faz justiça a todos os(as) estudantes, principalmente aos que estudam nas escolas do campo, das florestas e das águas, que seriam os mais prejudicados nesses processos seletivos se o calendário fosse mantido. Os(as) estudantes do meio rural não estão em condições iguais aos(às) estudantes do meio urbano e de escolas particulares durante a pandemia, destaca a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues.
O adiamento do Enem também foi comemorado pela secretária de Jovens da CONTAG, Mônica Bufon. A juventude rural intensificou a pressão nos últimos dias e deu resultado. Não fazia sentido manter a data em meio a uma pandemia. O Enem e outras provas de seleção para o ensino superior precisam ser realizadas em um cenário mais tranquilo e garantir a segurança e igualdade de condições para todos e todas, completou. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi