A expectativa de que o governo americano limite as compras de fundos de investimentos nos mercados futuros de commodities pressionou as cotações de produtos agrícolas e não-agrícolas ontem nas bolsas americanas.
No caso da soja, carro-chefe do campo brasileiro, os contratos para julho encerraram a sessão na bolsa de Chicago a US$ 13,5950 por bushel, em baixa de 6 centavos de dólar, enquanto os papéis para entrega em novembro recuaram 4,75 centavos de dólar, para US$ 13,5375.
Traders consultados pela agência Dow Jones Newswires mostraram-se particularmente preocupados com as eventuais medidas que poderão ser adotadas pela Commodity Futures Trading Comission (CFTC), que regula esses mercados futuros nos EUA, para limitar a ação dos fundos.
Nada foi confirmado, mas a comissão americana sinalizou que os fundos de índices e os "swap dealers" têm de ser monitorados mais de perto, em uma tentativa de reduzir a forte especulação em curso.
No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos negociada no Paraná subiu 0,2%, para R$ 45,16. Enquanto os preços seguem sustentados, as consultorias atualizam suas previsões para a safra atual (2007/08), cuja colheita está praticamente concluída.
Para a Safras&Mercado, serão 60,85 milhões de toneladas. Segundo a Céleres, 59,7 milhões, e de acordo com a Tetras Corretora, 61 milhões. A Conab prevê 59,5 milhões.
FONTE: Valor Econômico - 04/06/2008