No final da semana, o governador Blairo Maggi participou, em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), da inauguração de uma central de recebimento de embalagens de agrotóxicos. Muito mais do que um compromisso de agenda, o evento foi extremamente simbólico sobre o que a classe produtora rural, em parceria com o Poder Público, faz em termos de responsabilidade ambiental.
Com efeito, configurou uma boa oportunidade para lembrar, por exemplo, que Mato Grosso sozinho recolhe, hoje, mais embalagens do que todo o setor agrícola dos Estados Unidos: o Estado já se aproxima de 100% de recolhimento de embalagens de agrotóxicos.
"Ninguém tem a responsabilidade ambiental que Mato Grosso tem para produzir", afirmou, convicto, o governador. Para ele, Mato Grosso hoje é a prova de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade socioambiental. "Hoje é possível a convivência da tecnologia com o Meio Ambiente", assinalou.
Em todas suas aparições públicas, Maggi procura enfatizar a política ambiental de sua gestão, no momento em que o Estado tem a sua imagem prejudicada perante a opinião pública mundial pela ação predatória das quadrilhas que, infelizmente, impõem sua lei. Os esforços não têm sido em vão, de tal forma que a resposta que o Estado oferece para a crescente degradação da Amazônia ganha o respaldo da União e insere Mato Grosso num amplo contexto de decisões.
Um exemplo dessa grata realidade, sem dúvida, é o Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado na quinta-feira (08) pelo Governo Federal e que, além de sistematizar os programas já existentes para a região, criará uma linha de crédito especial para o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas. Para o reflorestamento de áreas degradadas, o crédito deve ultrapassar R$ 1 bilhão, recurso proveniente do Orçamento da União e de fundos constitucionais.
Ações de georeferenciamento, de apoio às práticas produtivas e medidas emergenciais também fazem parte desse "pacote". Inclui, ainda, medidas estruturantes, como o crédito, a recuperação de áreas e o uso e manejo dos recursos florestais, além de um programa da Embrapa de expansão de conhecimento e assistência técnica. Busca-se um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia, região composta por nove Estados, com benefícios reais para 23 milhões de pessoas.
Mato Grosso é peça importante no PAS. Que o diga o próprio presidente Lula, que, ao citar o governador mato-grossense, o apontou como um dos empresários mais bem-sucedidos do país no agronegócio e um dos que têm a clareza de que as atividades devem andar em harmonia com o Meio Ambiente. Uma prova de que o Estado tem um compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira.
FONTE: Diário de Cuiabá - 11/05/2008