A secretária de Políticas Sociais da Contag, Alessandra Lunas, disse que o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação, mais conhecido como PAC da Educação, é a ocasião ideal para repensar o projeto político e pedagógico adotado nas escolas do campo. Alessandra só teme que o investimento em transporte escolar, previsto no plano, possa provocar o desaparecimento dessas escolas. "Desde que o MEC implantou o processo de nucleação das escolas, 20 mil estabelecimentos de ensino no campo desapareceram", explica.
O PAC da Educação é a tentativa do governo federal de revolucionar o ensino brasileiro e foi lançado no dia 15 de março. O Plano prevê medidas que beneficiam a educação do campo, como a eletrificação das escolas públicas, a universalização dos laboratórios de informática, com a criação do Proinfo rural, e a implantação do programa Caminho da Escola, para melhoria do transporte escolar.
O objetivo do governo é enfatizar a educação básica, especialmente nos municípios com pior desempenho nos índices de qualidade da educação. O PAC tem medidas que abrangem desde a alfabetização de jovens e adultos até a educação superior.
Com o PAC da Educação, foi criada a Provinha Brasil, com a finalidade de medir o nível de alfabetização e aprendizado de crianças entre seis e oito anos. Além dessa prova, o governo criou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que trará um diagnóstico de como está a educação nos municípios brasileiros.
O PAC da Educação prevê a fixação de um piso nacional para professores, com o valor de R$ 800. O plano também prevê a utilização do programa Universidade Aberta do Brasil como instrumento de formação e atualização dos professores para a educação básica.
O PAC da Educação será encaminhado ao Congresso Nacional para aprovação por meio de projeto de Lei.
Fonte: Agência Contag de Notícias