(31/10/2007 22:38)
Técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura discutiram, na última semana, em João Pessoa, sobre a multiutilidade da palma forrageira no VI Congresso Internacional de Palma e Cochonilha. Na platéia, especialistas do mundo inteiro, além de produtores, empresários, técnico e estudantes, conheceram as principais pesquisas desenvolvidas com a cactácea, entre elas a utilização na fabricação de comésticos e na alimentação humana.
O Estado de Alagoas é um dos maiores produtores de palma forrageira cultivada (para a alimentação animal) do mundo. As pesquisas desenvolvidas no Estado com este cactáceo tem multiplicado a produção, que ocupa aproximadamente 200 mil hectares de terra e está espalhado nas regiões do Agreste e Sertão alagoano. Segundo o pesquisador Fernando Gomes, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento, "a produtividade, hoje, é de 60 toneladas por hectare, mas há produtores que, com o uso de tecnologias, conseguem obter até 350 toneladas por hectare.", afirma.
Adensamento -Gomes explica que a média geral de produtividade pode ser elevada para 250 toneladas, por hectare, com a adoção da tecnologia do adensamento que a Seagri vem pesquisando nas estações experimentais nos municípios de Santana do Ipanema e Batalha, chegando até a 380 toneladas com o uso de fertilizantes, herbicidas e sementes de boa sanidade.
"A Secretaria de Agricultura vem desenvolvendo trabalhos com a cultura da palma forrageira, visando obter novos materiais com produtividades superiores as atualmente em uso", ressalta Gomes, acrescentando que cinco variedades da cactácea, já se destacaram com produções superiores a palma miúda. Esse trabalho de competição de variedade foi apresentado no VI Congresso Internacional de Palma e Conchonilha, a semana passada, em João Pessoa/PB, pela equipe da Seagri.
O secretário de Estado da Agricultura, Alexandre Toledo, ressalta a importância do trabalho de pesquisa com a palma forrageira desenvolvido pelos pesquisadores da Secretaria. "É um trabalho sério e que vem dando excelentes resultados com uma cultura fundamental para a pecuária do Semi-Árido nordestino," disse Toledo.
No campo experimental em Santana do Ipanema, a equipe da Seagri pesquisa mais de 40 variedades de palma, originárias, na sua maioria, do México, comparando com as três variedades tradicionais: miúda, redonda e gigante. Todo o trabalho é desenvolvido em parceria com o MCT/Finepi-CNPq; BNB/Etene-Fundeci; FapealL/Secti e MDA/Pronaf. FONTE: Primeira Edição ? AL