Luiz de Carvalho
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Produtores rurais de Sarandi conheceram nesta quinta-feira os detalhes do Sistema Integrado de Vigilância Sanitária, que deverá ser implantado na área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).
O objetivo do Sistema é permitir que produtos agropecuários possam ser comercializados livremente em todos os municípios da microrregião, sem a necessidade de conter o Serviço de Inspeção Estadual ou Federal. A iniciativa é para beneficiar principalmente os agricultores familiares.
A explanação, organizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, aconteceu pela manhã no Centro Cultural Irmã Antona, com a presença do secretário interino da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Herlon Goelzer de Almeida, do representante do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP), João Carlos Rocha Almeida, técnicos da Emater e do Sebrae.
De acordo com o prefeito Cido Spada (PT), a reunião foi o embrião de um projeto que deverá beneficiar os pequenos produtores rurais de dezenas de municípios da região, que ele pretende fomentar como presidente da Amusep.
"Hoje, produtos da agricultura familiar somente podem ser comercializados nos municípios de origem, a menos que tenham o selo de Inspeção Estadual ou Federal, o que é quase impossível de ser obtido por um pequeno produtor. Nosso objetivo é quebrar essas barreiras para que esses produtos possam transitar livremente nos demais municípios da região", destacou o presidente da Amusep, que vê possibilidade de comercialização até em outros Estados.
Durante a apresentação da idéia do Sistema Integrado de Vigilância Sanitária foi debatida a possibilidade de criação de um consórcio intermunicipal na Amusep para tratar exclusivamente dos produtos da agricultura familiar e da derrubada das atuais barreiras.
"Com a abertura que o Governo Federal está promovendo, uma vez que esses produtos sejam devidamente credenciados, poderão circular até no âmbito nacional", afirmou Spada, alertando que, para o rompimento das barreiras que atualmente impedem a livre circulação, tudo dependerá que a produção esteja enquadrada nas normas sanitárias. FONTE: Diário do Norte do Paraná ? PR