A reunião de negociação do GTB 2011 com Ministério das Relações Exteriores marcou um novo momento de articulação e representação da agricultura familiar perante o órgão. Os anúncios de atendimento às reivindicações da pauta serão feitos somente no dia 18 de maio, mas já foi sinalizado a criação de uma comissão permanente para discutir as especificidades da agricultura familiar nos acordos internacionais. A vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da Contag, Alessandra Lunas, relatou a satisfação de o governo entender que os(as) trabalhadores(as) também têm reivindicações naquele órgão e estar disposto a receber os negociadores da Contag para o diálogo. Segundo a secretária, a Contag acompanha a política que o Brasil está construindo ao longo do tempo em âmbito internacional. “E sabemos também que esses acordos incidem diretamente na produção da agricultura familiar”, afirmou a dirigente ao reivindicar que o MRE encaminhe o compromisso assumido pelo governo brasileiro para que a ONU estabeleça o Ano da Agricultura Familiar. Lunas explicou que essa ação é estratégica e vai fortalecer a agricultura familiar em nível mundial. O ministro Antônio Patriota ouviu a secretária e sinalizou que, diante da pauta do GTB, houve um esforço para atender a todas as demandas. “Para aquilo que não pôde ser feito, nós apontamos saídas, mas vamos continuar dialogando e, dentro desse espírito, chegaremos aos resultados desejados”, afirmou. O presidente da Contag, Alberto Broch, também participou da reunião e disse ao ministro que não foi fácil ampliar as políticas públicas para o campo nos primeiros anos. “Até 2003, os trabalhadores rurais só conheciam esse ministério por fotos. Nossa missão também é de salvaguardar a agricultura familiar em âmbito internacional”, disse. O ministro Antônio Patriota precisou se ausentar da reunião para cumprir outra agenda, e o embaixador Rui Nogueira prosseguiu com os trabalhos e ouviu os anseios de alguns dirigentes da caravana da Contag. Para fechar a conversa, Alessandra Lunas agradeceu a acolhida e também cobrou maior participação da sociedade civil nos fóruns internacionais. A comissão permanente de diálogo com o Ministério das Relações Exteriores já deve iniciar os trabalhos nos próximos meses. FONTE: Agência Contag de Notícias - Suzana Campos