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A agricultura familiar de Roraima está mobilizada a favor da demarcação total da terra indígena Raposa Serra do Sol. Parceiros dos índios, os produtores querem a regularização rápida da área para retornar às parcerias com segurança. A falta de consenso no judiciário provocou a suspensão do julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto.

O território é cobiçado por um grupo de quatro grandes produtores de arroz, que se recusam a sair da região. O impasse provoca uma delicada discussão sobre a destinação de toda a área para os índios.

Na opinião do presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais de Roraima (Fetag/RR), Luis Carlos Lima, o apoio à comunidade indígena é importante nesse momento devido ao intercâmbio e às parcerias que existem com as famílias agricultoras. "Os indígenas também são rurais e têm uma produtividade de farinha, arroz e feijão muito boa e isso nos ajuda na transferência de experiência. A banana que eles produzem, por exemplo, nenhuma área rural consegue produzir tão bem", afirma.

Segundo o presidente, até a pequena parcela de assalariados rurais que trabalham nas lavouras arrozeiras dentro da raposa reconhece a causa indígena. "Os assalariados só estão lá por uma questão de sobrevivência, mas se você conversa com cada um deles percebe-se que eles reconhecem a luta dos índios", defende.

A reserva indígena Raposa Serra do Sol foi homologada em 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem uma a área de 1,7 milhão de hectares. FONTE: Danielle Santos, Agência Contag de Notícias

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