No dia 18 de abril passado, os trabalhadores e trabalhadoras da Veracel Celulose (Fibria-Stora Enso) se reuniram em Assembleia, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Eunápolis (STTR), para votar a aprovação, ou não, da nova proposta apresentada pela transnacional nas reuniões de negociação, realizadas entre representes da companhia e dos trabalhadores nos dias 12 e 13 de abril, próximo passado, no anseio de assinar um novo convênio coletivo para o período. Em diálogo com A Rel, Ailton Queiroz, presidente do STTR de Eunápolis, informou que “a proposta foi aprovada pela maioria dos trabalhadores com a condição de que fosse anexado à mesma o prêmio por produtividade, a ser pago retroativamente a 1º de novembro, data base da categoria, e não a partir de junho conforme propõe a Veracel”, explicou. A nova proposta inclui um aumento de 14,4 por cento no salário básico dos operadores de colheitadeiras mecânicas e a incorporação do abono por produtividade que será de 23 por cento. Também receberão melhorias as cláusulas sociais, como será o caso da cesta básica, com um aumento de um pouco mais de 11 por cento e o auxílio escolar que aumentará mais de 12 por cento, entre outros benefícios. “Enviamos o resultado da votação da assembleia na sexta-feira passada (19), e acreditamos que nesta semana a empresa terá uma resposta”, assinalou Queiroz. Como a diferença que se discute é mínima, o dirigente acredita que chegarão a um acordo com a Veracel. “Estamos esperando que a companhia se manifeste e que a resposta à nossa proposta seja positiva. Na Assembleia da quinta-feira passada (18) -continuou- decidimos também mantermo-nos firmes com relação à exigência da retroatividade do prêmio por produtividade. Se a Veracel não aceitar esta cláusula, não hesitaremos em retomar as medidas de força”, enfatizou. Em meados de março de 2013, os trabalhadores do viveiro de eucaliptos e os operadores de colheitadeiras mecânicas da Veracel Celulose SA se declararam em greve, paralisando totalmente as atividades da empresa. O motivo foi estarem em desacordo com a postura da companhia durante o processo de negociação. A Veracel se negava a negociar apesar de os trabalhadores terem rejeitado, por unanimidade, a proposta apresentada pela empresa. Após várias ações, entre elas a intervenção da Rel-UITA, a transnacional aceitou retomar as negociações que levaram a uma nova e aprimorada proposta, a qual está sendo analisada. Agora a bola está com a Veracel FONTE: REL-UITA - Amalia Antúnez