Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
INFLAÇÃO
A inflação caiu, mas o custo de vida continua subindo
WhatsApp

10 de Agosto de 2022



TEMAS RELACIONADOS:
custo de vida
inflação
juros

A percepção do povo é que fora a gasolina e o diesel os preços aumentaram, mas como esses itens têm um peso grande no índice que mede a inflação, o IPCA, a inflação caiu. Parte da queda foi causada pela iniciativa do governo e do Congresso Nacional de reduzir as alíquotas do ICMS, e que terá um custo para o País na forma de redução da arrecadação do governo e, portanto, teremos menos recurso para saúde e educação, por exemplo, principalmente para os estados. O governo achou que a inflação dos combustíveis iria incendiar o ano eleitoral, e que era melhor tomar esta decisão do que esperar uma queda do petróleo cair do céu. A fortuna, contudo, parece também ter ajudado derrubando o preço do petróleo no mercado internacional, apesar da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Também houve queda no preço da eletricidade residencial, -10,77% no acumulado dos últimos 12 meses. O problema é que a redução se concentra em poucos itens e o IPCA contém centenas deles, muitos dos quais continuam subindo bem acima do índice geral. No acumulado do último ano, o índice geral subiu 10,07%, alimentos e bebidas 14,7%, o diesel 61,98%, o leite e seus derivados 41,22%. Com a queda do último mês, a “inflação da gasolina” recuou para 5,65% em 12 meses.

É preciso lembrar de que, em maio de 2019, o preço do litro era de R$ 4,37 e chegou ao mês de junho deste ano a R$ 7,39, segundo a ANP. E que, no acumulado do governo Bolsonaro, o item acumula alta de 39,9%. O “desconto” no preço da gasolina é uma espécie de “black friday” eleitoral, e o consumidor precisa ficar atento. Não há dúvida de que alívio nos combustíveis e energia é positivo. Mas, isso não quer dizer que a inflação será baixa este ano. Ao contrário, dificilmente chegará a dezembro abaixo dos 10%, o que deve fazer com que o Banco Central continue o aperto monetário, com a elevação da taxa de juros básica – a Selic. 

Apenas nos primeiros sete meses do ano a queda do preço da gasolina foi de -8,67%. O problema é que o diesel subiu 39,51%, e não é a bolsa caminhoneiro que vai resolver o problema do custo do frete ou do trator. O leite longa vida, o principal utilizado pelas camadas mais pobres da população urbana, subiu 77,84%. O feijão carioca 38,85%, e as hortaliças e verduras 24,18%. A farinha de trigo 27,47%, o óleo de soja 18,77%, e o ovo de galinha 12,82%. E não é só a comida que será a vilã da vez. Os produtos farmacêuticos subiram 12,52% apenas até julho deste ano. Roupas e produtos de limpeza pouco mais de 11%. São itens importantes que chegarão ao fim do ano muito acima do índice geral e com um impacto direto na redução do poder de compra do trabalhador e trabalhadora, num cenário em que 78% das famílias estão endividadas e o desemprego continua alto.

O impacto negativo sobre a atividade econômica do aumento dos juros é certo, mas pode demorar a ser percebido. Os indicadores de investimento e atividade estão sempre retratando o passado, com uma grande defasagem dos juros, cujo aumento impacta nas decisões do presente. O mercado está vivendo uma grande incerteza com a eleição e, diante de um grande aumento dos juros, deve contribuir para frear os investimentos e contratações. O campo não está alheio a este movimento. O cenário atual dos juros do Pronaf e um futuro de juros maiores, a escalada do preço dos insumos agrícolas, somado ao desemprego devem prejudicar também a produção e a demanda por alimentos e a agricultura familiar. O que aumenta a importância do Plano Safra, dos juros equalizados pelo governo, e das compras governamentais de alimentos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). E o agricultor e a agricultora sabem que mal começou o Plano Safra e já falta recursos para atender projetos de custeio do Pronaf em algumas instituições financeiras.

Fonte: Subseção DIEESE/CONTAG - Alexandre Ferraz




WhatsApp


CONTEÚDOS RELACIONADOS



Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h30 às 12h e 14h às 18h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
JOVEM SABER (Novo)
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico