O dia 1º de março, segundo o calendário ambiental, é o Dia Mundial do Turismo Ecológico, ou Ecoturismo, uma opção de atividade turística baseada na relação sustentável com a natureza, na conservação e educação ambiental, buscando a formação de uma consciência ambientalista por meio do contato com ambientes naturais.
No Brasil, o conceito de Ecoturismo surgiu em 1985, quando a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) iniciou o Projeto Turismo Ecológico, sendo que, a partir de então, surgiram experiências governamentais, como a realização de cursos para guias especializados, dentre outras, no intuito de impulsionar a economia do País no setor turístico, uma vez que o Brasil é um celeiro de riquezas naturais, com diversos biomas que agregam paisagens compostas por rios, cachoeiras, florestas, além de uma rica fauna e flora.
O turismo ecológico se diferencia do turismo tradicional principalmente pelo fato de que, no ecoturismo, as pessoas têm a oportunidade de interagir com a natureza de forma ativa e real no ambiente visitado, ver a vida em movimento na natureza, ao passo que, no turismo clássico, a interação com a paisagem se dá de forma contemplativa aos monumentos e paisagens, sem, de fato, uma interação viva com os espaços visitados.
Contudo, é preciso ter em mente que a interação com a natureza durante o turismo ecológico precisa respeitar alguns princípios básicos, tais como o respeito às comunidades locais, o envolvimento econômico efetivo destas comunidades nas atividades desenvolvidas, o respeito às condições naturais dos locais visitados, e a conservação do meio ambiente. Tudo isso como premissas de preservação ambiental, e para o bom desenvolvimento de um processo educativo para que o(a) turista incorpore preceitos de educação, valores e consciência de preservação do patrimônio ambiental que o planeta Terra nos oferece.
São muitas as opções de atividades que podem ser vivenciadas no turismo ecológico, como a realização de Acampamentos, Caminhadas, Trilhas, Cavalgadas, Ciclismo, Mergulho, só para citar algumas opções de lazer. A realização de tais atividades envolve diversos setores da sociedade, e podem trazer benefícios socioeconômicos ambientais, em níveis regionais e nacional, como investimentos na infraestrutura viária, de abastecimento, equipamentos médicos, geração de emprego, melhor distribuição de renda, auxílio na conservação das áreas naturais, e conscientização sobre o equilíbrio do meio ambiente.
Por outro lado, as atividades de Ecoturismo se não são realizadas dentro das normas legais de preservação ambiental, com um rígido planejamento, e com o estabelecimento de uma infraestrutura necessária ao atendimento da demanda, podem comprometer a harmonia e a preservação dos ambientes naturais visitados.
Assim, um número elevado de visitantes e sua rotatividade, pode causar impactos socioculturais como a perda de valores culturais tradicionais, e conflitos entre comunidade e visitantes; impactos econômicos, com a sobrevalorização de terras e imóveis, aumento do custo de vida local; impactos sobre a vida silvestre, através das alterações na reprodução, nos hábitos alimentares dos seres vivos dos locais visitados, a erosão e o desmatamento em trilhas, estradas inadequadas, e meios de transporte poluentes. Tudo isso pode causar danos muitas vezes irreparáveis à natureza, devido à grande deterioração da paisagem natural, e alteração dos ecossistemas.
A CONTAG, as Federações e Sindicatos primam pelos processos de preservação ambiental, cuidado com a natureza, respeito à cultura e ao modo de vida dos povos do campo, da floresta e as águas, e nem poderíamos agir diferente, pois é da mãe terra e de toda a sua diversidade que os(as) agricultores e agricultoras familiares retiram o seu sustento na lida do dia a dia, inclusive através de algumas iniciativas pautadas no turismo ecológico. Nesse sentido, celebramos o dia 1º de março, Dia Mundial do Turismo Ecológico, acreditando que é possível a convivência harmônica entre homem, mulher e natureza, destaca a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Rosmari Malheiros. FONTE: Secretaria de Meio Ambiente da CONTAG