Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
5ª MARCHA DAS MARGARIDAS
Vamos dialogar sobre os Eixos da Pauta da 5ª Marcha das Margaridas? EIXO 4 – AUTONOMIA ECONÔMICA, TRABALHO E RENDA
WhatsApp

09 de Julho de 2015


Fabrício Martins
TEMAS RELACIONADOS:
5ª marcha das margaridas

Vamos dialogar sobre os Eixos da Pauta da 5ª Marcha das Margaridas? EIXO 4 – AUTONOMIA ECONÔMICA, TRABALHO E RENDA

A pauta da 5ª Marcha das Margaridas está dividida em oito eixos:

EIXO I - SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR

EIXO II - TERRA, ÁGUA E AGROECOLOGIA

EIXO III - SOCIOBIODIVERSIDADE E ACESSO A BENS NATURAIS

EIXO IV - AUTONOMIA ECONÔMICA, TRABALHO E RENDA

EIXO V - EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA, EDUCAÇÃO SEXUAL E SEXUALIDADE

EIXO VI - VIOLÊNCIA SEXISTA

EIXO VII - DIREITO À SAÚDE E SAÚDE REPRODUTIVA

EIXO VIII - DEMOCRACIA, PODER E PARTICIPAÇÃO

Neste espaço falar sobre cada um deles, para que você conheça melhor os temas pelos quais o movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais está lutando para melhorar a vida de nossas mulheres do campo, da floresta e das águas.

EIXO 4 – AUTONOMIA ECONÔMICA, TRABALHO E RENDA

A autonomia econômica significa para as mulheres do campo, da floresta e das águas ter independência financeira, isto é: capacidade de sustentar a si mesmas e as pessoas que delas dependem; ter acesso a políticas públicas e aos recursos necessários para produzir; ter controle sobre o seu tempo, mas, também, ter o controle sobre o próprio corpo e sua vida.

Em outras palavras, as mulheres devem ter condições de ter liberdade de decisão, serem donas dos seus destinos e das suas vidas. Com este entendimento, para debater autonomia econômica, é fundamental reconhecer o trabalho das mulheres e questionar a divisão sexual do trabalho. No campo, a divisão sexual do trabalho se estrutura a partir das tarefas da casa e as do roçado e na hierarquia entre as tarefas realizadas por mulheres e homens nesses espaços.

A separação entre os espaços do roçado e da casa define o que é considerado trabalho pesado e trabalho leve ou ainda, trabalho e não trabalho. Desvalorizar o trabalho doméstico e de cuidados sempre foi uma forma de desvalorizar, controlar e oprimir as mulheres. Esse é uma das questões na qual mais precisamos avançar. Uma pesquisa realizada nas cinco regiões do Brasil em 2013, pela organização Plan Internacional, intitulada “Por Ser Menina no Brasil: Crescendo entre Direitos e Violências” denuncia um contexto de gritantes desigualdades de gênero entre meninos e meninas: quando perguntadas sobre o acesso aos direitos, violências sofridas, barreiras, sonhos e superações, a realidade vivida pelas meninas mostra o quanto o pleno desenvolvimento de suas habilidades para a vida está comprometido. No que se refere à responsabilidade pelos afazeres domésticos, identificamos que enquanto 76,8% delas lavam louça e 65,6% limpam a casa, apenas 12,5% de seus irmãos contribuem com a lavagem da louça e 11,4% com a limpeza da casa. Os dados mostram ainda que uma menina em cada cinco conhece outra que já sofreu violência, além de 13,7% das meninas de 6 a 14 anos trabalharem ou já terem trabalhado fora de casa. No meio rural, a vida das mulheres também é marcada por uma realidade de relações patriarcais.

Participação econômica das trabalhadoras rurais É verdade que as mulheres ainda são colocadas na invisibilidade, mas também é verdade que elas têm conquistado espaços e há um processo crescente de reconhecimento das trabalhadoras rurais. No Brasil, em 2010, a média da contribuição das mulheres para o rendimento familiar foi de 40,9%, enquanto que a média da contribuição dos homens foi de 59,1%. Para as mulheres residentes em áreas rurais, a contribuição monetária delas no rendimento familiar total foi ligeiramente maior que nas áreas urbanas. Na maioria dos municípios do Nordeste o indicador superou 50%, sendo a contribuição das mulheres maior que a dos homens no rendimento familiar. As mulheres, também, têm assumido, cada vez mais, a responsabilidade pelo grupo familiar. Nas áreas rurais, a chefia familiar feminina aumentou, passando de 14,6% para 17,7% entre 2006 e 2010 (IBGE/PNAD, 2006 e IBGE/Censo, 2010.

Nas atividades agrícolas, quando consideramos a distribuição das pessoas ocupadas na agricultura, conforme ocupação, identificamos, em 2013, que as mulheres representavam 56,9% das pessoas não remuneradas, ou seja, que trabalhavam e não recebiam remuneração pelo trabalho que realizado, e eram 54,4% das que produziam para consumo próprio. Elas representavam 29,8% das pessoas ocupadas nas atividades agrícolas. Na medida em que tem aumentado a utilização de tecnologia nas atividades realizadas no campo, em algumas regiões e setores, observa-se o crescimento da população masculina na área rural. A proporção da população feminina na área rural era de 48,29% em 1991 e diminuiu para 47, 98% em 2001, média mantida em 2010, com 47,4%. (IBGE, Censos Demográficos, 1991, 2000 e 2010).

Economia Feminista e Solidária e a força dos grupos produtivos de mulheres

Os movimentos de mulheres questionam a lógica da economia atual e propõem uma visão ampliada, a partir de um modelo sustentável, voltado para o bem estar de todas e todos e não para os lucros do mercado. A economia feminista coloca a sustentabilidade da vida humana e o bem-estar coletivo no centro da organização econômica e territorial.

O que defendemos como políticas de fortalecimento da autonomia econômica trabalho e renda das mulheres rurais

A Marcha das Margaridas defende a importância de se estabelecer novas formas de relação com o mercado com base em valores de cooperação, troca e solidariedade, valorizando a diversidade produtiva, a pesca artesanal e a participação das mulheres. Devem ser fomentadas e fortalecidas as feiras agroecológicas, os pequenos e médios varejos, cooperativas e grupos de consumidoras e consumidores e o mercado institucional (compras públicas de alimentos e sementes pelos governos) e apoio às práticas de autoconsumo.

PARA CONTINUAR CONVERSANDO:

1) Na sua comunidade e município, vocês acham que as mulheres têm tido autonomia econômica? Como é possível visualizar esse diferencial na vida das mulheres? Ainda persistem desafios? Quais?

2) Que ações podem ser desenvolvidas para garantir o fortalecimento da autonomia econômica das mulheres em seu município/estado/região?

3) As políticas públicas têm fortalecido a autonomia econômica das mulheres? Como? É preciso melhorá-las? Vocês têm sugestões para melhoria ou ampliação destas políticas? FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes



WhatsApp


CONTEÚDOS RELACIONADOS



Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h30 às 12h e 14h às 18h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
JOVEM SABER (Novo)
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico