Após a sessão solene, em homenagem a Marcha das Margaridas, as trabalhadoras rurais inauguraram com um ato de protesto a mostra fotográfica “Mulheres do Campo e da Floresta tecem novo Amanhecer”. A exposição ocorre no Hall da Taquigrafia, na Câmara dos Deputados. A inauguração aconteceu após as trabalhadoras rurais da Contag apresentarem temas que estão na pauta de reivindicações da mobilização, como violência no campo e reforma agrária. A dirigente sindical do Pará, Maria Joel, revelou que tem proteção policial diariamente, em razão de ser ameaçada por sua luta por um campo mais justo. Maria Joel teve o marido assassinado na frente de casa em 2000, os mandantes e o assassino continuam impunes até hoje. O nome da dirigente integra a lista dos 'marcados para morrer'. Durante o ato que marcou a inauguração da exposição fotográfica na Câmara, Maria Joel segurou um cartaz que dizia: A impunidade é cúmplice da violência no campo. Segundo a secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro, é lamentável que nos dias atuais “ainda convivemos com um lastro de impunidade no campo”, afirmou. Na ocasião as trabalhadoras rurais também reivindicaram a aprovação da PEC 438, a PEC do Trabalho Escravo, que determina desapropriação das terras em que for encontrada a prática de trabalho análogo ao escravo. O presidente da Contag, Alberto Broch, também acompanhou o lançamento da exposição, entre os parlamentares presentes estavam: Janete Pietá (PT/SP), Benedita da Silva (PT/RJ, Luci Choinacki (PT/SC) e a representante da ONG Humanos Direitos, Julia Barreto. FONTE: Agência Contag de Notícias - Suzana Campos