As florestas do planeta são essenciais à vida. Elas abrigam a impressionante marca de 80% da biodiversidade terrestre, e muitos dos "serviços ecossistêmicos" dos quais dependemos - segurança alimentar, proteção das bacias hidrográficas e fertilização dos solos. Cerca de 1,6 bilhão de pessoas em todo o mundo dependem das florestas para sua alimentação, remédios e combustível, assim como para suas condições de vida e trabalho. Este número inclui milhões de agricultores e agricultoras familiares e indígenas, que dependem quase inteiramente do meio ambiente onde vivem devido a suas culturas e modos de vida únicos. As florestas também têm um papel fundamental na regulação do clima. Elas ficam atrás apenas dos oceanos como os maiores depósitos de carbono. Quando são desmatadas, queimadas ou degradadas, elas passam de fixadores de carbono para emissoras de carbono, liberando imensas quantidades de dióxido de carbono na atmosfera. Na análise feita na ultima reunião da 21ª Conferência do Clima (COP 21), em Brasília-DF, representantes de várias organizações debateram e refletiram sobre as dificuldades de adotar medidas de preservação ambiental no país, sobretudo, porque os interesses econômicos prevalecem sobre os órgãos públicos para a aprovação de licenças. Atualmente existe mais de 20 ações civis públicas do Ministério Público para Belo Monte por diversos temas de irregularidades, de falta de consultas públicas aos indígenas. E este é apenas um dado do Pará no Norte do Brasil e mesmo assim a Usina está sendo construída. A meta do Governo Federal, para a COP21 entre outras é plantar 12 milhões de hectares de floresta e recuperar 15 milhões de áreas degredadas. Porém na avaliação da CONTAG, mesmo reconhecendo a importância da COP21 como um lugar de discussão, porque tem a capacidade de pautar a demanda ambiental no cenário global como um problema real, a questão é saber quais os instrumentos pra fazer isso efetivamente acontecer. “A proposta brasileira afirma que tudo aquilo que vem no encontro para reduzir emissões e melhorar o uso dos recursos existentes, é positivo. O problema posto para todos e todas nós é como transformar a proposta do país em um fato efetivo e palpável, ou seja, quais os instrumentos disponíveis de crédito, assistência técnica, de formação e capacitação para que as propostas se tornem concretas”, destacou o secretário de Meio Ambiente da CONTAG, Antoninho Rovaris. Saiba mais sobre a 21ª Conferência do Clima (COP 21) A 21ª Conferência do Clima (COP 21) será realizada em dezembro de 2015, em Paris, e terá como principal objetivo costurar um novo acordo entre os países para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo o aquecimento global e em consequência limitar o aumento da temperatura global em 2ºC até 2100. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes