O presidente da Contag, Alberto Broch, cobrou da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), durante Consulta Regional que o órgão está realizando entre a sociedade civil e o governo, maior atenção às questões relativas à reforma agrária, produção de alimentos e desenvolvimento sustentável na América Latina. A Consulta Regional da FAO com representantes de governo e entidades da sociedade civil da América Latina e Caribe, que atuam no campo, prossegue nesta sexta-feira (21), no Palácio Itamaraty. Pela Contag participam, além do presidente Alberto Broch, a vice-presidente e secretária de Relações Internacionais, Alessandra Lunas, e o secretário de Política Agrária, Willian Clementino. O pronunciamento de Broch foi feito na solenidade de apresentação da “Declaración de Brasília” – documento elaborado pelas organizações sociais de 18 países da América Latina e do Caribe que participaram, esta semana, na sede da Contag, da Conferência Regional da Sociedade Civil. O documento se fundamenta em dois marcos centrais: a problemática da posse e uso da terra, territórios, bens naturais e o mar, e as causas estruturantes dessa problemática. E a partir daí propõe várias diretrizes, baseadas nos direitos humanos – especificamente nos direitos à vida e à alimentação. Para Alberto Broch, a Declaración de Brasília é uma síntese do que a Contag e demais organizações sociais desejam que a FAO faça na América Latina e Caribe, o que diz respeito à reforma agrária e ao desenvolvimento sustentável. “Esperamos encaminhamentos concretos por parte da FAO com relação a esse documento que a sociedade civil está apresentando, e cobramos que o órgão dê prosseguimento ao cumprimento das decisões que foram tomadas em sua última conferência geral, realizada em Porto Alegre, em 2006”, comenta Alberto. Após a apresentação do documento, os participantes foram divididos em cincos grupos de trabalhos: Posse da terra, administração e formas de uso; uso dos recursos naturais e diversos usos da agricultura (exportação, florestal, mineral e turismo); gênero, povos indígenas, mulheres e jovens; gestão da terra, questões urbanas e desenvolvimento; e economia, mercado e valores da terra. FONTE: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias